Após 7 anos, será lançado um novo Playstation no mercado. O PS5 chegará oficialmente em solo brasileiro no dia 19 de novembro custando R$ 4.199,00 (versão
all digital) e R$ 4.699 (versão com disco). E um ciclo se repete há mais de vinte anos. Em 1994, a Sony lançou no mercado o Playstation 1, dando início a era mais frutífera dos videogames.
Claro, não somente a Sony fabrica os aparelhos e jogos.
Nintendo, Sega, Microsoft e tantas outras já se aventuraram ou ainda mantém-se forte no mercado. Atualmente, além do Playstation 5, está chegando ao mercado de videogames o
Xbox Series S e o Xbox Series X, consoles da Microsoft. Eles se juntam ao
Nintendo Switch, console da Nintendo, lançado em 2017.
Mas, por que falar de videogames em um blog de literatura? Existe relação entre eles?
Sim. Existe uma relação e ela é mais próxima que você possa imaginar. E é sobre a relação dos videogames com as artes, incluindo a literatura, que iremos falar no artigo de hoje. Me acompanhe nas próximas linhas e boa leitura!
Quando se fala em arte, logo nos vem à cabeça algo como música, cinema, pintura ou literatura. Mas, além dessas, existem outras 7 formas de se expressar artisticamente. Apesar de já termos falarmos sobre as manifestações artísticas aqui no blog, mostrarei novamente quais são:
música, dança, pintura, escultura, teatro, literatura, cinema, fotografia, histórias em quadrinhos, videogames e arte digital.
Assim, estabelecemos a primeira relação direta entre videogame e literatura.
E a arte não se expressa de forma isolada. Há uma sinergia muito grande entre elas. Vamos pensar no seguinte contexto,
quais as artes são "necessárias" para se criar um jogo ou console?
A resposta é simples:
todas.
Videogame presente em todas as artes
Explicarei como uma arte, no caso o videogame, está presente de forma simbiótica às outras artes. Me acompanhe:
Música:
Desde o anúncio oficial do lançamento do Playstation 5, os executivos da marca endossaram que um dos principais ganhos da nova geração de consoles é no áudio. Ele será em 3D com tecnologia Tempest Engine. O áudio nos jogos está presente tanto efeitos sonoros quanto nas trilhas sonoras (em grandes jogos, são criadas inúmeras músicas exclusivas).
Dança:
Alguns jogos exploram a dança como seu principal atrativo, como a série de jogos
Just Dance.
Mas, além disso, a dança está presente na performance dos atores que interpretam os personagens de um game.
Pintura:
Em jogos
Triple A,
nomenclatura utilizada para simbolizar jogos de alto investimento feito pela maiores empresas do ramo, e também em alguns jogos indies, termo utilizado paro referenciar os jogos independentes, feitos por empresas menores, a pintura está presente nas artes de divulgação e em materiais enviados aos jogadores através de edições especiais.
Escultura:
Um setor que costuma atrair boa parte do público consumidor de videogames é o setor de
action figures,
pequenas esculturas (vulgarmente chamadas de bonecos) que representam os personagens de videogame. Há vários exemplos e empresas que fazem esse serviço. Vou citar duas empresas referências no mercado:
Iron Studios, que foca no realismo das esculturas em diferentes escalas (tanto de personagens de videogame quanto personagens diversos do universo geek) e a
Funko Inc. empresa conhecida mundialmente por fabricar mini esculturas da cultura pop, caracterizada pelos personagens cabeçudos.
Teatro:
À partir da sétima geração de consoles (Playstation 3 e Xbox 360), é utilizado atores reais para interpretar diversos personagens dos games. E, logo, o teatro está presente na performance deles.
Literatura: Alguns games são inspirados em livros e diversos livros são lançados à partir dos games. Mas não só isso, todo jogo é criado à partir de uma história e esta história é construída à partir de um esboço, com diversas inspirações. O processo inicial de pensar em um jogo é semelhante ao processo de se pensar em um livro.
Cinema: Os jogos atuais são verdadeiras obras cinematográficas, com cenas explosivas e muito bem feitas. Não raro, diretores de cinema compõe o time de desenvolvimento de um jogo. Além disso, alguns games são inteiramente focados na história, exigindo pouca ação do jogador, como o exclusivo para Playstation 4
Detroit: became human.
Fotografia:
A fotografia também é muito presente em todos as fases de desenvolvimento de um game. Ela é um instrumento de composição e captura de imagens do mundo real, e está presente na criação de de imagens com gráficos cada vez mais realistas para os jogos. Além disso, alguns jogos possuem a opção "modo foto", onde o jogador pode pausar o jogo para tirar uma foto da cena atual.
Histórias em quadrinhos:
Bem como nos literatura, diversos games foram inspirados nos quadrinhos e diversos quadrinhos surgem por conta dos videogames. Além disso, alguns jogos utilizam diálogos que simulam as páginas, ou a dinâmica de leitura dos quadrinhos, para contar a história. A empresa
Telltale Games é especialista neste tipo de jogo.
Arte digital:
O videogame em si é uma arte digital. Neste caso, nem é preciso explicar muito qual a relação entre essas duas manifestações artísticas. Afinal, boa parte da produção de um jogo é feito à partir da tela de um computador.
Playstation 5 e o impacto na arte
A Sony espera comercializar mais de 100 milhões de Playstation 5 ao longo de sua vida útil. O seu antecessor, Playstation 4, ao longo de 7 anos de vida, já superou a marca de 112 milhões. E esses números são apenas de consoles. Imagina, então, o número de games vendidos e que, para cada game produzido, há dezenas ou até centenas de pessoas envolvidas direta e indiretamente na sua produção, que pode durar anos, inclusive.
Segundo dados do site
Mundo Estranho, a indústria dos games faturou, só em 2016, mais de
US$91 bilhões em todo o mundo, enquanto
o mercado do cinema faturou US$38 bilhões, e, por fim, a da
música, com US$15 bilhões de dólares.
Apesar do dado não ser tão antigo, certamente este valor é muito maior nos dias atuais.
Este é o impacto do mercado de games atualmente. Um mercado que gira bilhões de reais anuais e que tem impacto direto na cultura de vários países. Apesar de ser um jogador assíduo, sei que ter um videogame de ponta no Brasil é algo para uma parcela mínima da população.
Infelizmente, há vários fatores que impedem a disseminação dos games no país, um deles é a alta carga de impostos nos console e games.
O videogame como aliado no processo criativo do escritor
O videogame é uma dos meu principais hobbies que cultivo recorrentemente há muitos anos. E a minha formação como escritor se deve muito aos games. Assim como todos os livros que leio, sempre tento extrair mais do que o óbvio das linhas de um livro, ou as fases de um jogo.
Se em um livro eu analiso os diálogos, construção de personagens e desenvolvimento da narrativa, nos games eu faço o mesmo! Porém, em um jogo, muitas vezes, eu sou o responsável pelo desenvolvimento da narrativa, podendo fazer diversas escolhas. Assim, eu imagino como um game pode me ajudar na construção do meu futuro romance.
O olhar do artista/escritor deve sempre ser crítico para sempre tentarmos extrair algo além daquele entretenimento.
Considerações finais
A relação entre os 11 tipos de arte é incrível. E, geralmente, elas se misturam e foram algo único. Isso tudo me encanta e é um dos grandes motivos que me fazem ser um aficcionado por games.
O que achou do artigo, da relação feita entre videogames, literatura e as demais artes? Deixe aqui um comentário e até o próximo artigo.
