Juliano Loureiro • out. 09, 2020

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Você já ouviu falar na autora Margaret Atwood? Se a resposta for negativa, me responda: você já assistiu ou até mesmo conhece por alto a série The Handmaid’s Tale? Creio que essa resposta será positiva, correto? A relação entre a autora e a série eu explicarei mais à frente.


Independente sobre o seu conhecimento prévio a respeito de Margaret Atwood, já deixo algo bem claro:
é uma autora que precisa ser respeitada e celebrada. Os seus best-sellers causaram tanto impacto que Atwood foi agraciada com a Ordem do Canadá, a mais alta condecoração civil do seu país.


Pensando em homenageá-la, decidi trazer neste artigo um pouco da sua história, principais virtudes e, claro, obras. Antes de partirmos para a discussão,
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Quem é Margaret Atwood?

Nascida em Ottawa, no Canadá, no ano de 1939, Margaret Eleanor Atwood é uma escritora canadense, romancista, poetisa, contista, ensaísta e crítica literária internacionalmente reconhecida, tendo recebido inúmeros prêmios literários importantes.


Sua paixão pela escrita começou cedo. Aos 16 anos, começou a trilhar a sua caminhada como escritora profissional. Em 1961 concluiu a sua graduação em Bacharelado em Artes e Inglês (com honras), mas estudou também filosofia e francês. 


Foi também neste ano que ganhou seu primeiro prêmio, a Medalha E.J. Pratt por seu livro de poemas Double Persephone.


Recentemente,
Margaret conquistou o Man Booker Prize, honraria britânica, por “Os Testamentos”, de 2019, continuação de “O Conto da Aia”, de 1985. Ela também possui diplomas honorários de várias outras universidade canadenses, assim como da Universidade de Oxford, da Universidade de Cambridge e da Sorbonne.

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Quais são as suas principais virtudes?

Em todas as suas obras, são encontradas personagens femininas com muita garra e coragem, mas, ao mesmo tempo, impedidas de viver plenamente por causa do patriarcado, representado de forma severa nas suas publicações.


Assim,
Margaret se declara publicamente feminista, pois acredita que homens e mulheres devem ter equidade social. Mesmo assim, a autora diz não ser radical, inclusive nega que The Edible Woman, um dos seus livros mais famosos seja feminista.


Em entrevistas, afirma que defende a independência da mulher, mas que não pode julgar aquelas que desejam ter uma vida “de dona de casa”, com filhos para cuidar e um marido.

Quais são as suas principais obras?

Chegamos ao ponto alto deste artigo: as obras de Margaret Atwood. Confira abaixo quais são as principais!

O conto da Aia (1985)

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“O conto da Aia” (em inglês The Handmaid’s Tale), se passa num futuro muito próximo e tem como cenário uma república onde não existem mais jornais, revistas, livros nem filmes. As universidades foram extintas. 


Também já não há advogados, porque ninguém tem direito a defesa. Os cidadãos considerados criminosos são fuzilados e pendurados mortos no Muro, em praça pública, para servir de exemplo enquanto seus corpos apodrecem à vista de todos. 


Para merecer esse destino, não é preciso fazer muita coisa – basta, por exemplo, cantar qualquer canção que contenha palavras proibidas pelo regime, como “liberdade”.


“O conto da Aia” foi escrito em 1985 e inspirou a série homônima, produzida pelo canal de streaming Hulu em 2017. Na narrativa, as mulheres de Gilead não têm direitos. 


Elas são divididas em categorias, cada qual com uma função muito específica no Estado. A Offred coube a categoria de Aia, o que significa pertencer ao governo e existir unicamente para procriar, depois que uma catástrofe nuclear tornou estéril um grande número de pessoas.

Vulgo Grace (1996)

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A partir de um caso real ocorrido no Canadá na década de 1840, “Vulgo Grace” (em inglês: Alias Grace) conta a trajetória de Grace Marks, uma criada condenada à prisão perpétua por ter ajudado a assassinar o patrão, Thomas Kinnear, e a governanta da casa onde trabalhava, Nancy Montgomery. 


A história tem início quando a protagonista já está presa. James McDermott, também condenado pelas mortes, há muito fora enforcado. Grace mora no presídio, mas devido ao bom comportamento, trabalha durante o dia na casa do governador da penitenciária em uma Toronto do século XIX com costumes bastante tradicionais. 


Grace costura e ajuda em alguns serviços mais leves. Apesar de iletrada,  relatos que faz, de próprio punho, em diários e cartas, e seu bom comportamento em todas as instituições por onde passou, impressionaram clérigos, médicos e políticos da época.

A mulher comestível (1987)

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“A mulher comestível” (em inglês: The Edible Woman) é um romance de 1969 que ajudou a estabelecer Margaret Atwood como uma escritora em prosa de grande importância. É a história de uma jovem cujo mundo são, estruturado e voltado para o consumidor começa a ficar fora de foco. Após o noivado, Marian sente que seu corpo e seu eu estão se separando.


Ao princípio tudo parece correr bem. Mas Marian não contou consigo mesma, com aquilo que é na realidade: uma mulher que deseja um pouco mais do que aquilo que tem, que inconscientemente vai sabotando os seus próprios planos, a sua rotina, a sua digestão.


Margaret explora os estereótipos de gênero por meio de personagens que aderem estritamente a eles (como Peter ou Lucy) e aqueles que desafiam suas restrições (como Ainsley ou Duncan). O ponto de vista narrativo muda da primeira para a terceira pessoa, acentuando o lento distanciamento de Marian da realidade.

Oryx e Crake (2003)

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Oryx e Crake consolida o retorno de Margaret Atwood ao gênero da ficção científica, em uma narrativa marcada pelas questões éticas e morais sobre o futuro da humanidade.


O Homem das Neves pode ser o último homem na terra, o sobrevivente solitário de um apocalipse sem nome. Como tudo veio abaixo tão depressa? 


Enquanto o Homem das Neves reconstitui suas lembranças na tentativa de descobrir as origens dessa catástrofe irreversível, sua mente é povoada pelas vozes de seus amigos da juventude: Crake e Oryx. Esses são personagens-chave por trás do Projeto Paradiso, o grande responsável pela modificação definitiva da Terra e a derrocada da espécie humana.


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Juliano Loureiro; escritor, profissional de marketing e produtor de conteúdos literários.


Criei o Bingo em 2019 para compartilhar conteúdos literários com outros escritores, que também têm dúvidas sobre como escrever e publicar um livro. 


Já escrevi mais de 900 artigos, além de diversos e-books gratuitos. Na minha jornada literária, publiquei 6 livros, sendo 3 da série pós-apocalíptica "Corpos Amarelos".


Também sou criador do Pod Ler e Escrever, podcast literário com mais de 200 episódios publicados. 


Para aprender mais sobre escrita criativa, confira meu canal no Youtube, vídeos diários para você. Link abaixo:

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