Juliano Loureiro • mar. 28, 2021

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Depois é a mais recente obra de Stephen King e é diferente de quase tudo que o autor já lançou. Logo de cara, vemos uma capa Ilustrada bem ao estilo pulp, denunciando que ali já tem algo incomum para o autor. Outros dois pontos chamam a atenção: um livro curto, de apenas 192 páginas, bem diferente dos volumosos livros de King. Outro fator surpresa é a trama, que é um suspense policial.


Sem inúmeros capítulos narrando a origem de diversos personagens e sem ser prolixo, King entrega uma obra convincente e de leitura fluida, narrada na voz de Jimmy, um garoto paranormal (ele vê gente morta). Para amantes de King, ou não, a obra é uma ótima entrega do autor.


Quer saber mais? Me acompanhe nas próximas linhas!

Sobre Stephen King

Stephen Edwin King, nasceu em 1947, na cidade de Portland, Estados Unidos. Foi criado por sua mãe juntamente com o seu irmão adotivo, Dave. Os King, inclusive, até alcançar o sucesso com o seu primeiro romance, Carrie, a Estranha (1974), passaram por sérias dificuldades financeiras.


Atualmente, os livros de Stephen King já venderam mais de 400 milhões de cópias pelo mundo, colocando o autor como o nono mais traduzido do mundo. Além das versões impressas, várias de suas obras ganharam adaptações para filmes, séries de televisão e quadrinhos.


Com seus 73 anos, Stephen King continua escrevendo e publicando obras inéditas, como Depois, que se junta às dezenas de outros romances do autor.

Sinopse de Depois

James Conklin não é uma criança comum: ele vê gente morta. Com que frequência? Jamie não sabe bem; afinal, os mortos em geral se parecem muito com os vivos. Exceto pelo fato de que eles ficam para sempre nas roupas em que morreram, e são incapazes de mentir.


Sua mãe implora para que ele mantenha essa habilidade em segredo, o que não é problema na maior parte do tempo. Pelo menos até Liz Dutton, a companheira de sua mãe e detetive do Departamento de Polícia de Nova York, aparecer na saída da escola e anunciar que precisa de ajuda.


É assim que Jamie embarca em uma corrida para desvendar o último segredo de um falecido terrorista, e começa a jornada mais assustadora de sua vida.

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Como a narrativa se desenvolve

O livro é narrado em primeira pessoa, na voz de James Conklin. Jimmy, como é carinhosamente apelidado, está com 22 anos e conta a sua experiência vendo gente morta desde a primeira vez que isso ocorreu, quando ainda era um garotinho.


O início do livro é focado na relação entre Jimmy e sua mãe, Thia. A relação, apesar de boa, sofre alguns abalos, principalmente pela montanha russa que é a situação financeira da família. Thia é agente literária de grandes escritores e divide a agência com seu irmão, o "Tio" Harry.


Curiosamente, o clímax ocorre na metade do livro, quando Jimmy ajuda Liz Dutton, policial, amiga e ex-namorada de sua mãe, a conversar com o, já morto, criminoso Therriault a fim de descobrir onde ele espalhou bombas na Nova York. Liz, consegue tal informação e evita a tragédia.  A principal motivação dela ganhar moral na polícia, tendo em vista que ela estava sob forte suspeita por conta da sua "ocupação" como traficante de drogas.


Anos se passaram e Jimmy é um adolescente como outro qualquer - tirando, claro, o fato dele ver pessoas mortas. Todavia, Therriault ainda o perturba, aparecendo de forma repentina. Esse comportamento não era comum entre os mortos, que costumam desaparecer poucos instantes após a morte. Nesta altura do livro, uma figura secundária passa a ter relevância: Harry, tio de Jimmy. Ele vive em um lar de idosos e ajuda o garoto a como lidar com tal perturbação.


Na porção final do livro, o garoto encontra novamente com Liz, agora uma dependente química expulsa da corporação e que - naturalmente - já não tinha mais relações com ele ou com Thia. Dessa vez, Liz sequestra Jimmy, pois precisa dos poderes dele para conversar com mais um morto, um grande traficante de drogas. Ocorre um outro momento de ação com um final "feliz". Apesar de conseguir a resposta que queria, Liz acaba tendo um final trágico.


Os últimos capítulos são melancólicos, por assim dizer, pois focam na relação familiar entre Jimmy, sua mãe e o tio Harry. Ocorre um plot twist surpreendente, mas não muito interessante.

Depois vale a pena?

Depois é uma ótima opção para quem quer começar a ler King. Além de ser um livro de rápida leitura, é um terror "leve", em comparação aos outros livros do autor. Mas quem é apaixonado pela forma de construção de narrativa característica do King, como capítulos inteiros dedicados a aprofundar nas histórias dos personagens, pode ficar decepcionado.


E você? Já encarou esta leitura? Me diz nos comentários a sua impressão ou expectativa com o livro. Nos vemos no próximo texto! Até!

Juliano Loureiro; escritor, profissional de marketing e produtor de conteúdos literários.


Criei o Bingo em 2019 para compartilhar conteúdos literários com outros escritores, que também têm dúvidas sobre como escrever e publicar um livro. 


Já escrevi mais de 900 artigos, além de diversos e-books gratuitos. Na minha jornada literária, publiquei 6 livros, sendo 3 da série pós-apocalíptica "Corpos Amarelos".


Também sou criador do Pod Ler e Escrever, podcast literário com mais de 200 episódios publicados. 


Para aprender mais sobre escrita criativa, confira meu canal no Youtube, vídeos diários para você. Link abaixo:

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