Juliano Loureiro • ago. 15, 2021

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Do papiro ao e-book, dos encadernados até os leitores digitais que cabem no seu bolso. Quem ama livros, com certeza tem aquele ritual de analisar minuciosamente a capa, folhear e sentir o cheiro de livro de novo, não é mesmo?


Obviamente, amantes dos livros adoram boas histórias e embarcam em dezenas delas ao longo do ano. Mas, dentre todas essas, você conhece a história do livro? A gente tá sempre falando de livros físicos e digitais, mas e o que veio bem antes de tudo isso?


No texto de hoje, vou falar um pouco
como surgiu o livro, quais os primeiros formatos publicados e algumas curiosidades. Está afim de conhecer mais sobre os livros? Prepare-se, então, para um pouquinho de história!


Boa leitura!

Introdução à história do livro

Talvez a gente não se dê conta de quão antiga é a história do livro e ainda há quem não consiga desassociar a história da escrita com a história dos livros e, vale ressaltar, que são coisas distintas. 


Para se ter uma ideia, estamos falando de uma história que vem de, pelo menos, uns 4 mil anos antes de Cristo. Bem, não eram necessariamente livros, com histórias como temos hoje. Nesse período, usava-se uma tabuletas de pedra e argila para contar animais e objetos palaciais. Pode ser que veio à sua mente, uma imagem da tabuleta mais famosa da história, a tabuleta onde, supostamente, teriam sido cravados os dez mandamentos.


Por muitos anos, povos antigos como babilônios, egípcios, gregos e sumérios, por exemplo, tinham como livros placas de argila, cascas de árvore, pedra, madeira, barro, folhas de palmeiras. E assim foi até chegarmos à Antiguidade.


A partir daí, vou dividir em 4 grandes marcos a história do livro, para gente entender como chegamos ao ponto de carregarmos os livros nos bolsos e bolsas.

1. Papiro e códice

Essa história de cravar a história em pedra só serve mesmo para frases de efeito, porque carregar registros importantes em tabuletas não era nem um pouco prático. 


Foi então que, na Antiguidade, principalmente no Egito, surgiu uma nova forma de imprimir a história.
Cyperus papyrvs é o nome da planta egípcia da qual a partir do seu talo, eram extraídas as folhas de papiro.


O
papiro era um material muito mais fácil de manusear, pois era flexível (e, obviamente, mais frágil) e era carregado em rolos, manuseados por meio de hastes, uma em cada ponta.


A produção de livros de papiro foi impulsionada no século III a.C. com a criação da biblioteca de Alexandria. As obras eram tão importantes que, durante o Império Romano, os livros eram alvos constantes de saques, durante as guerras.


Apesar do grande sucesso, o papiro logo cedeu seu lugar na história dos livros para um novo formato. Passados 2 séculos depois de Cristo,
o códice deu origem ao processo de encadernação.


Códice nada mais era do que um livro em material mais durável, que permitia escrever de ambos os lados da folha, dobrá-la e costurá-la, formando cadernos. A encadernação só foi possível após a substituição do papiro pelo
pergaminho. 


E o pergaminho tem suma importância para a grande segunda fase do livro.

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2. Pergaminho e manuscrito

A principal diferença entre o pergaminho e o papiro é que enquanto este era impresso em vegetais, o pergaminho era uma técnica de escrita feita de pele curtida de animais. 


Junto com o pergaminho, chegamos à Idade Média. É nessa época dos mosteiros medievais que os livros em pergaminhos ganham notoriedade, sendo a forma mais utilizada de difusão do livro.


É nessa época também que surge o
manuscrito e o trabalho do copista. Na verdade, um justifica a existência do outro. 


Os livros medievais eram produzidos, principalmente, nos mosteiros, com objetivo de difundir a cultura clássica. Os livros eram escritos totalmente à mão, por isso o nome
manuscrito. E os livros eram copiados um a um pelos monges (copistas) e cada cópia representava um exemplar único. 


O sucesso do manuscrito chegou aos âmbitos laicos, como universidades. Além de símbolo de conhecimento, os livros passaram também a ser objetos da nobreza, sendo produzidos em ateliês de copistas especializados. O livro passou a ser visto como símbolo de importância, prestígio e sabedoria.


Esses livros manuscritos chamavam atenção pela beleza das suas páginas e folhas decoradas com elementos ornamentais. Porém, logo o manuscrito também cairia em desuso, pois a sua produção tinha um custo muito elevado, além da mão de obra para fazer as cópias, lembre-se que eram utilizadas peles de animais, principalmente cabra ou cordeiro.


O pergaminho foi perdendo espaço até o aparecimento da imprensa no século XV. Mas, um século antes, outro fator seria determinante: por
conta da influência árabe na Europa, o pergaminho começou a ser trocado pelo papel.

3. O papel

O principal nome por trás da expansão da história do livro até o papel é Johannes Gensfleisch, ou Gutenberg, o inventor da imprensa.


O que significou a invenção de Gutenberg? Por imprensa, estamos nos referindo à impressão por tipos móveis. Essa foi, talvez, a principal revolução na história do livro, pois permitiu a reprodução rápida e barata de qualquer obra. 


Os primeiros livros produzidos por Gutenberg e suas impressões mantiveram o formato encadernado dos manuscritos medievais. Essa forma de impressão se estendeu por toda a Europa em poucos anos. O livro impresso mais antigo registrado é a Bíblia de Gutenberg, de 1455, porém, os primeiros documentos impressos são de 1437.


Com o avançar dos anos, as características técnicas dos livros foram aperfeiçoadas, assim como houve um aumento na produção, impressão e comercialização.


A Revolução Industrial, no século XVIII, com a mecanização de diversas frentes de trabalho, proporcionou à história do livro  um aumento considerável no número de edições e das tiragens impressas. E, com o século XX, a evolução digital chega aos meios de impressão.

4. O livro digital ou e-book

O conceito de e-book, ou livro digital, como preferir, é bem simples: trata-se de uma publicação digitalizada confeccionada para ser comercializada preferencialmente via internet, podendo ser lida em qualquer suporte digital (computadores, tablets, celulares, leitores digitais).


Uma das principais vantagens do e-book é que, na maioria das vezes, as versões digitais são mais baratas que as versões físicas dos livros. Além disso, os livros, no caso digital, são arquivos armazenados nos suportes digitais e basta apenas um desses suportes - tablets, kindle, etc - para que você carregue uma biblioteca digital sem ocupar muito espaço.


Outras vantagens dos livros digitais: possibilidade de comprar e-books pelo próprio dispositivo de leitura, alguns aparelhos permitem que o leitor faça marcações e anotações, é possível sincronizar diversos aparelhos de leitura através de aplicativos - ou seja, você pode ter esquecido seu tablet, mas se tiver um app no celular, pode continuar sua leitura de onde parou.


Hoje, os livros digitais são febre, mas, apesar de uns anos atrás a gente apostar numa briga entre livros físicos x livros digitais, parece que nenhum dos dois irá ceder facilmente. Alguém quer apostar qual o próximo capítulo na história do livro?


Agora que você já sabe um pouco da história do livro, que tal você produzir o seu? Como? Tenho um convite muito interessante para você, veja só!


Conheça o meu canal no YouTube, um espaço para falarmos sobre tudo isso e muito mais. Então, inscreva-se agora e não deixe de ativar as notificações. Só assim poderemos criar um vínculo literário e termos boas conversas. Até.

Juliano Loureiro; escritor, profissional de marketing e produtor de conteúdos literários.


Criei o Bingo em 2019 para compartilhar conteúdos literários com outros escritores, que também têm dúvidas sobre como escrever e publicar um livro. 


Já escrevi mais de 900 artigos, além de diversos e-books gratuitos. Na minha jornada literária, publiquei 6 livros, sendo 3 da série pós-apocalíptica "Corpos Amarelos".


Também sou criador do Pod Ler e Escrever, podcast literário com mais de 200 episódios publicados. 


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