Juliano Loureiro • jul. 31, 2020

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Todo mundo curte uma boa música, não é mesmo? O universo musical é amplo e tem gêneros para todos os gostos. Agora, uma coisa que também existe, independente do estilo de música favorito, é a curiosidade acerca da vida dos artistas e bandas. Vai dizer que você nunca teve vontade de saber um pouco mais sobre a vida pessoal do seu cantor favorito ou ler histórias curiosas sobre a banda que você ama!


Por trazer essas informações “extra palco”, as biografias têm ganhado um espaço cativo nas prateleiras das livrarias e figurando entre os
best sellers. E o mais legal disso tudo é que as histórias podem ser contadas de duas formas.


As autobiografias são as histórias contadas pelos próprios artistas. A versão da história narrada pelo personagem principal. E tem aquelas histórias contadas por escritores, jornalistas ou terceiros, geralmente pessoas que acompanharam de perto a vida do personagem da biografia.


Agora, se você gosta de uma pitada de polêmica, ainda existem as biografias não autorizadas. São obras escritas seguindo estritamente a visão do autor, com base em pesquisas próprias. E aí é que entra a “treta”. Muitas vezes, a história contada é refutada pelo “homenageado”.
O rei Roberto Carlos que nos diga!


Confesso que, quanto mais o homenageado refuta a história, mais curioso fico pra saber. Mas aí, é coisa pessoal. Bem, então, chega de conversa e vamos ao post de hoje!


Separei algumas biografias de artistas da música para você ler enquanto escuta seu disco favorito! Vamos lá? Dê o play na leitura!

Raul Seixas - Por trás das canções

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O nosso maluco beleza, infelizmente, não viveu os dez mil anos ecoados em seus versos mais famosos. Mas Raul Seixas precisou apenas de 44 anos para marcar o seu nome na história cultural brasileira.


O jornalista Carlos Minuano, autor de
Por trás das canções, utiliza-se das principais canções de Raulzito para contar a sua história. Esqueça o que todos nós já sabemos sobre o cantor baiano, deixe um pouco de lado a amizade com Paulo Coelho, porque Por trás das canções tem muitas histórias surpreendentes.


A biografia conta com relatos de amigos próximos e familiares. Inclusive, o texto de abertura da obra é assinado por
Vivi Seixas, filha de Raul. Livro super indicado para os fãs e para quem ainda não despertou interesse pela metamorfose ambulante, exatamente por fugir das histórias mais comuns.


Alguns destaques da biografia ficam por conta das histórias envolvendo
Chico Anysio, Casagrande, decepção com o Rock in Rio e até uma história envolvendo garimpeiros, Raul piloto de avião e uma recepção a tiros, nos garimpos do Pará, em 1985. 

Freddie Mercury

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Ele prometeu não ser um astro do rock, mas sim uma lenda. Bem, venhamos e convenhamos que ele conseguiu. Você pode até não gostar de rock ou não gostar de Queen, mas é impossível negar que Farrokh Bulsara é um dos mais importantes nomes da música.


A história de Freddie Mercury, Brian May, Roger Taylor e John Deacon diante o público já rendeu milhares de publicações, livros e artigos. A vida de Freddie, sua homossexualidade e a AIDS também não é novidade para ninguém. Então, porque
Freddie Mercury: A biografia definitiva merece destaque?


Escrito pelo jornalista Lesley-Ann Jones, a biografia tem quase 500 páginas e 25 capítulos, já dá pra sentir que são muitas histórias, não é? Se você acha que o filme
Bohemian Rhapsody pode ter suprido o vazio sobre a fase antes do sucesso do Queen, está muito enganado. O livro de Lesley vai bem antes de sermos agraciados pelos hits da banda e antes mesmo de Freddie se tornar uma lenda.


O autor conseguiu trazer para sua obra momentos da vida de Freddie que o cantor escondeu por anos da grande mídia. No livro, são abordados os tempos da infância e adolescência de Mercury, na Tanzânia e Índia. É claro que são abordados temas relacionados ao Queen e ao temperamento de Freddie fora dos palcos.


Então, com certeza,
Freddie Mercury: a biografia definitiva é uma excelente indicação para os fãs do cantor, só não sabemos o quão definitiva essa obra é. Acho que torcemos para que haja ainda outras histórias por vir.

Rita Lee: uma autobiografia

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Seria Rita Lee a ovelha negra das biografias? Quando pensamos numa autobiografia, esperamos uma leitura cheia de contos dos dias de glória, de conquistas e um pouco de (falsa)modéstia. Mas Rita Lee, como de praxe, foge dos padrões até quando se diz respeito a uma biografia.


Por vezes, parece um terceiro a escrever, mas
Rita Lee: uma autobiografia foi escrito pela própria cantora que não se conteve em redigir a história, mas cuidou também da parte gráfica do livro, desde a capa até as imagens que ilustram a sua autobiografia.


Rita Lee não teve papas na língua nem para si mesma. Todas as maluquices de uma vida na estrada, no backstages dos shows, prisões, drogas, álcool, ditadura, amores e amigos estão narrados ao melhor estilo Lee de ser. 


Nada melhor do que ouvir sobre a vida de alguém, de forma tão sincera, cheia de ironias e sem rodeios. Aliás, melhor que isso é ouvir da própria pessoa!

Vida, de Keith Richards

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Na internet, Keith Richards é tido como um imortal, aquele que resistirá até ao fim dos tempos, afinal, já sobreviveu a muita coisa, não é mesmo? A gente brinca com Keith e essa piada “funciona” até mesmo em grupos de pessoas que não necessariamente curtem rock e os Rolling Stones.


Agora, o curioso é que a piada tem um fundo de verdade, muito bem explorado em
Vida. James Fox é o biógrafo de Richards e traz desde a infância conturbada do guitarrista, até os momentos de glórias e bastidores nada amigável dos Stones.


Sexo, drogas e rock ‘n roll, a tríade tão associada ao gênero musical, parece ter guiado por muito tempo Keith Richards. Todos seus exageros e vícios estão no livro, assim como a maneira como se livrou da heroína. 


Dois destaques sobre a biografia: apesar de ser uma biografia autorizada, percebemos não haver uma tentativa de fantasiar os perrengues e, muito menos, transformar a vida de Richards numa bandeira de luta contra as drogas.
Os relatos são sinceros, trazendo a fase crua da luta contra o vício.


E o segundo ponto, talvez o mais interessante para os fãs dos Rolling Stones,
Keith Richards conta como é a convivência com os outros membros da banda, o distanciamento de Mick Jagger, suas rixas com o amigo, o gerenciamento da banda e até o término da banda nos 80.


Keith Richards demonstra, em sua biografia, um verdadeiro baú do rock!

Bruce Dickinson: Uma autobiografia: para que serve esse botão?

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Quem tem o mínimo de conhecido sobre o rock, mais precisamente sobre o heavy metal, sabe Bruce Dickinson é um dos maiores ícones, vocalista de uma das mais importantes bandas do estilo, o Iron Maiden. Para quem é fã da “Donzela de Ferro”, não é novidade nenhuma que Bruce é um cara de multitalentos e que, talvez, só por isso, já seria digno de uma biografia.


Mas como artista completo que é, Bruce Dickinson resolveu fazer uma autobiografia. E não só fez, como a
redigiu inteiramente à mão, durante dois anos, usando-se de sete cadernos. Ah! E ele não tirou um período para se dedicar, a autobiografia foi escrita enquanto o Iron Maiden fazia mais uma de suas turnês mundiais.


Claro que o público leitor principal da biografia é o fã do Iron Maiden, afinal, ainda podemos afirmar que a principal ocupação de Bruce Dickinson é a de
frontman da banda inglesa. Mas de uns anos para cá, Bruce tem aparecido em outros palcos: os workshops e palestras sobre empreendedorismo.


Voltemos ao artista multitalentoso: além de cantar, Bruce Dickinson é um exímio esgrimista, é mestre cervejeiro (o Iron possui a sua própria cerveja e nos mais diversos estilos, alguns criados pelo próprio vocalista), é formado em história, é roteirista, escritor (com dois outros livros publicados), piloto de avião (ele pilota o avião da própria banda, durante as turnês) e empreendedor no ramo da aviação.


Assunto para publicar um livro não falta para Bruce Dickinson, faltava a sua biografia.
Bruce não gosta de comentar sobre fatos pessoais e sobre as pessoas mais próximas, por isso, se você procura uma autobiografia mais intimista, não vai ser essa que você irá ler.


A construção da biografia segue um roteiro padrão: a sua infância, tempos de escola e adolescência, descoberta da música e o estrelato, com todos prós e contras de uma carreira artista. 


Obviamente, um prato cheio para os fãs, que descobrem que Bruce foi reprovado em um teste de coral, têm um lado da história sobre a briga de egos com Steve Harris (fundador e principal compositor do Iron Maiden) e, claro, conhecem um pouco mais dos bastidores da banda.


Alguns dos pontos altos são a entrada de Bruce para o Iron, a sua saída para tocar projetos pessoais, a viagem para um show para Sarajevo, no meio da Guerra e não poderia faltar: o
Brasil. Para quem conhece, sabe que tanto o vocalista, como o Iron Maiden tem uma forte relação com o nosso país. Bruce conta casos sobre o Rock in Rio e outras passagens da banda pelo território nacional.


A leitura da autobiografia de Bruce Dickinson é indicada não somente para os fãs,
mas se você é empreendedor, ou apenas tem interesse por negócios, vale a pena conhecer um pouco da história de Bruce e ver como ele conseguiu conciliar tantas coisas e ser tão bem sucedido em tudo que faz.


Cinco biografias, cinco histórias de vida. O que você pode tirar de proveito lendo sobre a vida alheia? Muita coisa! Esses cinco artistas podem não ser o seu favorito, mas são inspirações, afinal, atingiram um status que eles almejavam (ou até mais!). Alguns com mais, outros com menos dificuldades, o fato é que todos eles são referenciados hoje. Acredito que você também queira ser, um dia.

Juliano Loureiro; escritor, profissional de marketing e produtor de conteúdos literários.


Criei o Bingo em 2019 para compartilhar conteúdos literários com outros escritores, que também têm dúvidas sobre como escrever e publicar um livro. 


Já escrevi mais de 900 artigos, além de diversos e-books gratuitos. Na minha jornada literária, publiquei 6 livros, sendo 3 da série pós-apocalíptica "Corpos Amarelos".


Também sou criador do Pod Ler e Escrever, podcast literário com mais de 200 episódios publicados. 


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