Juliano Loureiro • ago. 14, 2022

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Nossas vidas mudou drasticamente nos últimos anos por conta da pandemia. Mudamos nossa rotina, formato de trabalho e a nossa relação com o lugar onde moramos foi ressignificado. E dentre todas essas mudanças, mudanças no trabalho foram sentidas por praticamente todas as pessoas.


Essas mudanças foram forçadas e em boa parte das vezes a adaptação não foi tão boa, fazendo com que muitos de nós sofressemos com este novo ritmo. E com essas dificuldades, vieram doenças físicas e mentais. E o burnout, ou Síndrome do Esgotamento Profissional, é o distúrbio emocional mais sentido pelas pessoas.


No texto de hoje, falaremos sobre esta síndrome e como ela pode atingir qualquer pessoa que extrapola seu limite profissional e como se tratar. Inclusive, esta síndrome tem atingido diversos escritores, principalmente àqueles que escrevem os horários pouco convencionais, com prazos apertados e que tem que conciliar tudo isso com a rotina de trabalho formal.


Boa leitura!

Afinal, o que é burnout?

Burnout é o termo inglês para Síndrome do Esgotamento Profissional. Esta síndrome é considerada um distúrbio emocional ocasionados por conta de uma exaustão extrema, estresse e esgotamento físico. Tudo isso é resultado de um trabalho que exige acima da capacidade do profissional, que está geralmente inserido em um meio de grande competitividade e responsabilidade.

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Quais são os estágios e sintomas do burnout?

Importante dizer que existem diversos estágios do burnout, portanto, cada pessoa pode sofrer de uma forma e intensidade diferente. Entretanto, é importante ficar atento desde os primeiros estágios da síndrome. Uma pessoa está propensa a desenvolver a síndrome quando há uma dedicação intensa e descontrolada no trabalho, feita com a intensão de ser promovido profissionalmente ou por se sentir inseguro no trabalho.


Outro estágio comum é a inversão de valores e o descaso com as próprias necessidades pessoais. Comer, dormir, fazer exercícios físicos e sair com amigos e família deixam de ser prioridade em pessoas com burnout. Após esta dedicação intensa a o trabalho, deixando o lazer de lado, vêm problemas maiores como a despersonalização, aversão à socialização, tristeza intensa e a negação de todos os problemas. Estes estágios levam ao colapso físico e mental.


Tudo isso faz com que o nosso corpo sinta o baque. Cansaço excessivo, físico e mental, dores de cabeça, fadiga anormal, pressão alta, alteração no apetite, insônia, dificuldade na concentração, isolamento, alteração no humor etc.


Apesar dos estágios e sintomas comuns do burnout citados aqui, o diagnóstico só deve ser dado por profissionais especialistas. Psicólogos e psiquiatras são os profissionais indicados.

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Escritores podem ter burnout?

Sim. Toda e qualquer pessoa que se descuida na relação com o trabalho está propensa a desenvolver a síndrome. Apesar que grande parte dos escritores fazem da literatura por paixão, e gostam bastante de criar e compartilhar suas história, o esgotamento profissional não escolhe qual profissão “atacar”.


Os profissionais do livro, em especial os escritores, em sua maioria possuem uma profissão formal, praticada em horário comercial e que consome boa parte das faculdades físicas e mentais. Quando há um breve tempo livre, o escritor o utiliza para escrever ao invés de descansar. Esta rotina é comum entre os escritores independentes.


Portanto, como há uma carga, muitas vezes, excessiva de trabalho por parte dos escritores, estes também estão propensos a desenvolver a síndrome.

Como evitar o burnout?

Para evitar o burnout é preciso encontrar o equilíbrio saudável entre trabalho, lazer e todos os outros momentos necessários para a sua vida. E isto pode ser complicado no começo, tendo em vista que pequenas ações realizadas fora do horário de trabalho, por exemplo, já estão inseridas no hábito.


De acordo com um relatório de 2020 da Aviva, empresa líder em seguros, riqueza e aposentadoria do Reino Unido, 44% dos funcionários afirmam sentirem que "nunca se desligam do trabalho", enquanto 70% de todos os trabalhadores dizem que verificam regularmente e-mails e mensagens fora do horário de trabalho.


Conseguir estabelecer esta linha entre trabalho e vida pessoal é o primeiro ponto a ser trabalhado para o não desenvolvimento da síndrome de burnout. Este também é o maior desafio, já que, hoje, em muitos casos, trabalhamos no mesmo local onde moramos.

Elimine atividades desnecessárias

A rotina cheia de compromisso e afazeres é raramente questionada pelo trabalhadores. Será possível eliminar reuniões e atividades improdutivas e que não dão resultados? Certamente é possível melhorar a execução de tarefas diárias.

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Converse com a sua liderança

Sinalize toda e qualquer situação que possa ser desconfortável, que traga descontentamento ou que não possa ser resolvida sozinha. Conversar com lideranças, e até com colegas de trabalho, é fundamental para que a “bomba não estoure”.

Estabeleça horários e limites

Respeite seus horários de trabalho, lazer, atividade físicas e sono. É perfeitamente possível dividir às 24 horas do dia para todas essas atividades. Por mais que você goste de escrever de noite ou em horários não convencionais, não se esqueça que o trabalho do escritor também leva ao esgotamento físico e mental.

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Juliano Loureiro; escritor, profissional de marketing e produtor de conteúdos literários.


Criei o Bingo em 2019 para compartilhar conteúdos literários com outros escritores, que também têm dúvidas sobre como escrever e publicar um livro. 


Já escrevi mais de 900 artigos, além de diversos e-books gratuitos. Na minha jornada literária, publiquei 6 livros, sendo 3 da série pós-apocalíptica "Corpos Amarelos".


Também sou criador do Pod Ler e Escrever, podcast literário com mais de 200 episódios publicados. 


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