Juliano Loureiro • jul. 27, 2020

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Esse é o conteúdo mais espetacular da face da Terra! Você que é escritor ou amante da leitura, não dominar este assunto é como um jogador de futebol sem chuteira, oceano sem peixes. Assim que você acabar a leitura, você terá um estalo “PÁ! E não é que eu sempre soube disso e não conhecia?!”.


Me desculpe a brincadeira - lúdica, a propósito -, mas eu precisava chamar a sua atenção para o tema de post, que nada mais é do que:
figuras de linguagem!


Não há uma pessoa neste mundo que nunca tenha usado alguma das mais populares e eu provarei! Continue descendo a barra para baixo (licença poética!) e saiba um pouco mais sobre esses recursos linguísticos que tornam a nossa língua riquíssima!

O que são as figuras de linguagem, afinal?

Como disse no parágrafo anterior, as figuras de linguagem são recursos linguísticos usados para expressarmos alguma ideia de forma mais enfática ou tornar nosso discurso mais fácil de assimilar.


O uso das figuras de linguagem quase sempre usa o sentido conotativo das palavras e expressões, ou seja, dá um novo significado para a mensagem ser compreendida. 


Complicado o conceito? Pode até parecer, mas quando eu trazer os exemplos, você verá ser bem simples e que, com certeza (licença poética, novamente), já se deparou com uma figura de linguagem e até faz uso.


Neste primeiro momento, não trarei todas as figuras porque são muitas, dezenas. Vou me ater só as principais, aquelas que você tem uma vaga lembrança dos tempos de escola e que são mais cobradas nos vestibulares e concursos.


Ah! Antes disso, vale dizer que
as figuras de linguagem estão agrupadas em quatro grandes grupos. É bem provável que você encontre lugares dizendo apenas três grupos, mas de qualquer maneira, as figuras estarão ali representadas. O agrupamento é mais para facilitar os estudos delas na totalidade, o mais importante é você saber sobre cada uma e suas aplicações.


Os quatro grupos que apresento aqui são:


  1. as figuras de pensamento;
  2. figuras de palavras ou semânticas; 
  3. figuras de construção ou sintáticas e;
  4. figuras de som.


Preparado? Sim ou não, vamos lá!

As figuras de pensamento

Vamos começar lá no campo das ideias, afinal, pensamento nos remete a quê? As figuras de linguagem, agrupadas aqui, despertam a nossa atenção devido ao simbolismo da relação entre as palavras e as expressões nos textos.


As principais - ou mais conhecidas - são:

Antítese

Uma das mais populares figuras de linguagem, a antítese é simples de entender. Mas antes, se você nunca parou para reparar, estamos falando de “anti”, que tem sentido de contra, e “tese”, que pode ser ideia.


Ficou ainda mais fácil entender, então, que a antítese é o uso de palavras e expressões com sentidos totalmente opostos para enfatizar uma ideia. É essa diferença de sentidos que dá aquela expressividade a uma frase e que, por fim, fortalece um argumento apresentado.


Exemplos: 


  • Morte e Vida Severina;
  • Depois da luz se segue a noite escura / Em tristes sonhos morre a formosura, / Em contínuas tristezas a alegria (À instabilidade das cousas do mundo – Gregório de Matos);
  • Estou entre a vida e a morte;
  • O mundo inteiro inteiro acordar, e a gente dormir

Paradoxo

Trazer o paradoxo, logo após a antítese, foi proposital, porque é muito fácil confundi-los e vemos muita gente fazendo tal confusão.


O paradoxo é um recurso linguístico que se baseia totalmente na contradição, fugindo completamente do nosso pensamento lógico. A diferença entre ele e a antítese é que o paradoxo propõe essa “ideia absurda” a um único referente. Olha só, nestes exemplos:


  • Cada dia que passa nessa pandemia, está mais difícil dormir e acordar. (antítese);
  • Eu não aguento mais, estou dormindo acordado! (paradoxo)


Repare que, na primeira frase, foram apresentadas duas dificuldades: dormir e acordar. Já na segunda frase, temos apenas uma ideia e que, deduzimos ser que a pessoa está muito cansada, afinal, ninguém dorme acordado! Captou a ideia?


Quer mais exemplos de paradoxo?


  • O amor é ferida que dói e não se sente. (Luís Vaz de Camões);
  • Sonhando acordada / dormi com você. (Simples Carinho - Ângela Rô Rô);
  • E na alegria sinta-se tristeza (Gregório de Matos)

Personificação

Também chamada de prosopopeia, a personificação nada mais é do que dar a objetos inanimados ou irracionais, características e qualidades humanas.


Vamos de exemplos:

  • Acordei com o Sol me dando bom dia, mesmo tímido entre as nuvens;
  • O vento assobiava durante a tempestade;
  • O cachorro sorriu ao ver o dono;
  • A bola beijou a trave, após a cobrança de falta.

Alusão

A alusão é uma figura simples de se entender. Muitos a consideram como um intertexto, já que busca referência em outro texto para tornar mais clara a mensagem que se deseja passar. Ela pode ser de forma implícita ou explícita.


Bem, vale dizer que se a ideia é facilitar a comunicação, espera-se que o receptor da mensagem tenha conhecimento prévio da história que está servindo de alusão. Por exemplo:


  • Clarinha tem um apetite de Magali.


A mensagem está clara para você? Se você não conhece a personagem Magali, não irá captar a mensagem. Mas, acredito que 99% dos leitores conhecem a personagem da Turma da Mônica. 


Algumas expressões comuns no nosso dia a dia, são exemplos práticos:
presente de grego; cavalo de tróia etc.


Na música, tem uma canção ótima, com exemplos alusivos,
Fico assim sem você, de Claudinho e Buchecha: 


“Piu-piu sem Frajola

Sou eu assim sem você

Amor sem beijinho

Buchecha sem Claudinho

Sou eu assim sem você

Neném sem chupeta

Romeu sem Julieta

Sou eu assim sem você”


Para finalizar a alusão, sabe um bom exemplo cinematográfico? Os filmes da franquia Shrek são repletos de referências às histórias infantis e contos.

Hipérbole

Essa é a figura de linguagem mais utilizada em todo mundo, infinitos autores a utilizam em suas infinitas obras. Pronto. Acabei de demonstrar o que é a hipérbole, uma figura de linguagem caracterizada pelo exagero proposital.


São infinitos os exemplos (tipo esse):



  • Estou morrendo de saudades dos meus amigos;
  • Ela está morta de fome.

Ironia

Uma das figuras de linguagem que mais gera confusão em discussões, brigas de casais, relacionamentos entre pais e filhos, porque a ironia, utilizada nesses casos, pode desarmar um dos interlocutores e o deixar bem desconcertado. É quando somos acusados de dissimulados. Mas também, pode ser usada de maneira sarcástica e bem humorada.


A ironia é quando você diz alguma coisa, porém a ideia que você quer passar é exatamente oposta. Algo do tipo:



  • Meu filho é um anjinho, só quebrou 3 vasos nos últimos dias;
  • Você pode falar mais alto? O pessoal do outro lado da esquina ainda não ouviu!;
  • Que educado, você! Não cumprimentou ninguém desde que chegou.

Clímax (ou gradação)

Essa figura de linguagem é excelente para quem gosta de contar uma boa história (não necessariamente de pescador).


Ela é muito utilizada quando queremos dar uma ênfase a narrativa, acrescentando elementos somatórios à narrativa, enfatizando uma ideia. Sabe aquela história de herói, sendo mais ou menos assim:


  • No início, era apenas 1 monstro, depois 10, 100, 1000 contra mim.


Esse é um exemplo de clímax. Repare que a “tensão” da narrativa vai aumentando. Quando isso ocorre, chamamos de clímax ou gradação ascendente. O caminho inverso também é possível, veja só:


  • Eu ganhava de mil monstros, depois de 100, 10 e, hoje, não ganho de ninguém.


Percebeu que a história foi perdendo o encanto? A vitória deixou de existir. Esse é um exemplo de anticlímax ou gradação descendente.

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Figuras semânticas ou de palavras

As figuras de linguagem deste grupo estabelecem uma relação bem simbólica de proximidade, substituição, similaridade ou associação entre os termos. Os recursos linguísticos acabam quase sempre dando um sentido conotativo ao texto.


Fazem parte desse grupo:

Metáfora

Uma das figuras de linguagem mais utilizada no nosso dia a dia e de fácil compreensão. A metáfora, nada mais é do que uma comparação implícita, sem a utilização de termos comparativos.


Geralmente, empregamos um termo ou expressão em substituição a uma qualidade, ou característica do ser, indivíduo ou objeto a qual nos referimos.


Exemplos:


  • Essa notícia é bomba!;
  • Clara é um anjo;
  • O zagueiro do outro time é um cavalo;
  • Aquele ator é um gato;
  • O meu sogro é uma cobra;
  • Após a leitura deste texto, você ficará fera em figuras de linguagem.

Comparação ou símile

A símile é uma figura de linguagem tão simples como a metáfora. A expliquei em uso. Captou?


Enquanto a metáfora é uma figura de linguagem que estabelece uma comparação implícita, a símile é objetiva, ela aponta que há uma semelhança explícita entre os elementos comparados.


Exemplos:


  • O goleiro pulou como um gato para pegar a bola;
  • O estrago causado por essa notícia é como uma bomba;
  • O zagueiro do outro time é rude como um cavalo;
  • O meu sogro é traiçoeiro como uma cobra.

Ambiguidade

Uma das mais conhecidas figuras de linguagem, a ambiguidade também é vista como um vício de linguagem, quando, principalmente, utilizada em excesso nos discursos formais.


A ambiguidade se caracteriza pela duplicidade de sentidos em uma frase ou expressão. É bastante comum nas construções orais e ocorre, principalmente, devido à má escolha das palavras ou mesmo pela construção das sentenças e a disposição das palavras.


Compreender e perceber a ambiguidade é bem simples, mas você sabia que existem tipos de ambiguidades? É sério! Vou explicá-los rapidamente e, você vai ver que até já os conhecia.


Tipos de ambiguidade:


  • Por uso errôneo de pronomes possessivos: Lucas pediu que Luana pegasse sua caneca, na gaveta”. A caneca é de quem, afinal? Uma solução seria: “Lucas pediu que Luana pegasse a caneca dele, na gaveta.”
  • Por colocação inadequada das palavras: O garoto faminto almoçou 3 vezes.” Neste exemplo, a gente não sabe se o garoto está sempre faminto ou é uma condição momentânea. Soluções possíveis: “O garoto, que está sempre faminto, almoçou 3 vezes.” ou “Faminto, o garoto almoçou 3 vezes.”.
  • Por uso confuso do pronome relativo e a conjunção integrante: O pai comunicou ao filho que estava chegando em casa.” E aí, quem estava chegando em casa? Para resolver essa ambiguidade: “Ao filho, o pai comunicou que estava chegando em casa.” ou “O pai comunicou ao filho, que estava chegando em casa.”.
  • Uso equivocado de forma nominais: “A criança viu o pai correndo.”. Quem corria, afinal? Dicas: “Correndo, a criança viu o pai.” ou “A criança viu o pai, que estava correndo.”.

Metonímia

A metonímia é uma figura de linguagem em que ocorre a substituição de um termo por uma palavra de sentido bem próximo, mas que se refere a todo o contexto envolvendo aquele termo.


Através de exemplos, fica mais fácil a compreensão:


  • Eu digo: “comi dois pratos no almoço”, quando quero me referir à comida, refeição, porque, afinal, a gente come o conteúdo que está dentro do prato, não o prato em si.
  • Você diz que: “ama ouvir Jota Quest” ou “adora ler Paulo Coelho.”, ao invés de afirmar que gosta de ouvir as músicas do Jota Quest ou que gosta de ler os livros do Paulo Coelho.

Eufemismo

Um jeito fácil de entender a figura de linguagem eufemismo é pensar que é um excelente recurso linguístico para transmitir notícias ruins. Ao contrário da hipérbole, o eufemismo busca amenizar uma expressão ou mensagem.


Os exemplos mais comuns e mais didáticos se referem a comunicados de falecimento:


  • Fulano descansou em paz;
  • Fulano passou dessa para melhor.
cta-quero-estruturar
como-estrututar-um-romance

Pleonasmo

Gramaticalmente falando, o pleonasmo trata-se de um vício de linguagem. Mas também é uma figura de linguagem muito comum, que vemos todos os dias, diariamente. Acabei de forçar um pleonasmo para ilustrar!


O pleonasmo é um recurso linguístico (gramáticos me perdoem por referir a ele assim) onde há o uso de uma palavra ou expressão desnecessária para o entendimento do contexto. Esse uso pode ser intencional ou não, como, por exemplo, o
“subir para cima” ou “entrar para dentro”.


Mas o pleonasmo é tão enraizado na nossa língua que, por vezes, nem percebemos se tratar de um, estes exemplos:


  • encarar de frente;
  • saiu para fora;
  • tenho certeza absoluta;
  • outra alternativa;
  • multidão de pessoas;
  • surpresa inesperada.

Catacrese

A catacrese é uma dessas figuras de linguagem que de tão comum o seu uso, a gente fica até sem saber como explicá-la ou trazer exemplos. Não que eles não existam, mas por já fazerem parte do dia a dia, esquecemos de tratar de um artifício da língua.


A gente utiliza a catacrese para designar algo que não tem nome próprio. Deu para entender assim? É como se a gente pegasse uma palavra que já tem sentido próprio e a utilizamos para dar nome à outra coisa, sem que elas tivessem relação.


Pode parecer confuso, mas veja se você não conhece essas catacreses:


  • boca do fogão ou fogão 4 bocas;
  • pé da mesa, pé da mesa; pé da cama;
  • asa da xícara;
  • braço do sofá;
  • olho do furacão.

Figuras de construção ou sintaxe

As figuras de linguagem que estão no grupo de construção (sintaxe) referem-se aqueles recursos usados na estruturação do texto, seja ele escrito ou falado.


Neste grupo, temos:

Elipse:

A elipse é uma figura de linguagem em que há a omissão de termos ou palavras, sem interferir na compreensão do texto.

Exemplos:


  • Pelo caminho, garrafas e cigarros (Natasha - Capital Inicial);
  • Ganhei um vídeo game no Natal (omissão do “Eu’);
  • No meu armário, camisas, calças e gravatas.

Zeugma

De nome um tanto quanto estranho, resolvi falar sobre essa figura de linguagem, a Zeugma, agora, porque há quem a confunda com a elipse.


Então, para sanar de vez a dúvida, basta saber que: a zeugma é caracterizada pela
omissão de um termo mencionado anteriormente. Já a elipse é apenas a ocultação de um termo, não importando que o mesmo já tenha sido expresso ou não na frase.


Vamos de exemplos, para ficar mais compreensível?


  • A alegria de ser pai só se compara à de ser avô. (A alegria de ser pai só se compara à alegria de ser avô.);
  • O pai adora comida japonesa, a mãe churrasco. (O pai adora comida japonesa, a mãe adora churrasco.)

Hipérbato

Favorita do Yoda, essa é a figura de linguagem. O hipérbato é um recurso de linguagem que inverte a ordem direta de uma frase: Essa é a figura de linguagem favorita do Yoda!

Anáfora

É preciso ler esse texto com atenção, é preciso estudar todas as figuras de linguagem, é preciso entender que essa construção é um exemplo de anáfora.


A figura de linguagem anáfora é caracterizada pela repetição de termos no começo das frases ou versos. Quer um exemplo bem clássico para entender de vez a anáfora? Convoco Tom Jobim e suas
Águas de março:


"É o pau, é a pedra, é o fim do caminho

É um resto de toco, é um pouco sozinho

É um caco de vidro, é a vida, é o sol

É a noite, é a morte, é um laço, é o anzol

É peroba no campo, é o nó da madeira"

Figuras de som

O último grupo de figuras de linguagem faz referência à sonoridade das palavras e representações simbólicas do som.


Vale uma observação:
as figuras de linguagem relacionadas ao som, não são tão comuns por funcionarem melhor na oralidade, então se um texto não for elaborado para ser falado em voz alta ou cantado, o recurso não tem grande valia.

Assonância

Essa figura de linguagem consiste na repetição de sons das vogais tônicas ou de sílabas com as mesmas consoantes e vogais diferentes.


Exemplo:



  • Juro que não acreditei, eu te estranhei / Me debrucei sobre teu corpo e duvidei / E me arrastei e te arranhei / E me agarrei nos teus cabelos (Atrás da Porta – Chico Buarque);
  • Berro pelo aterro, pelo desterro / Berro por seu berro, pelo seu erro / Quero que você ganhe, que você me apanhe (Qualquer Coisa – Caetano Veloso)

Aliteração

Basicamente, a aliteração é uma figura de linguagem igual à assonância, porém a repetição, neste caso, é das consoantes.


Exemplo:



  • Vim, vi, venci;
  • quem com ferro fere, com ferro será ferido;
  • chove, chuva / chove sem parar;
  • o pato pateta pintou o caneco.

Onomatopeias

A onomatopeia é a figura de linguagem que visa reproduzir, literalmente, os sons que fazem parte do nosso dia a dia. Desde os sons dos animais, até os sons de objetos, como o tique-taque de um relógio.


Quer mais exemplos?


  • A fada-madrinha agitou sua varinha de condão e plim! A transformação estava feita;
  • O tum tum do seu coração se assemelha ao tum tum do meu (Tum Tum - Juliano Loureiro).

Cacofonia

Agora, um pouco de polêmica e diversão. Na verdade, não é bem uma polêmica, mas eu trouxe a cacofonia para o texto, mesmo tratando-se de um vício de linguagem. Então, por que ela está aqui?


A cacofonia é caracterizada pela junção de sons de palavras próximas que geram um sentido bem diferente do pretendido pelo falante. Essa confusão pode ser explicada pela ambiguidade no “novo sentido” ou até por um neologismo.


A gente percebe a cacofonia mais frequentemente nas expressões orais e informais, isso porque em uma conversa mais descontraída, não atentamos aos detalhes linguísticos. 


Essa confusão, causada pela cacofonia, pode até ser engraçada nesses contextos informais que mencionei, porém, em um ambiente mais formal ou na escrita, ela deve ser evitada. Dependendo da situação, ela pode descredibilizar o emissor do texto.


Quer exemplos de cacofonia? Você verá que, com certeza, já passou por alguns deles. Ah! É interessante que você leia os exemplos em voz alta, para perceber a cacofonia:


  • A boca dela é maravilhosa;
  • Compramos muitas frutas e dividimos por cada membro da equipe;
  • Ele deu uma mão no trabalho de casa;
  • Quando eu cheguei, ela tinha partido.

As figuras de linguagem são elementos cruciais na carreira de um escritor por vários motivos:


  1. Enriquecimento da Linguagem: As figuras de linguagem permitem que os escritores expressem ideias e emoções de forma mais rica e variada. Elas adicionam profundidade e nuance ao texto, tornando-o mais interessante e atraente para o leitor.
  2. Expressão de Complexidade: Muitas vezes, as emoções e situações que os escritores desejam transmitir são complexas e multifacetadas. As figuras de linguagem, como metáforas ou símiles, podem capturar e transmitir essa complexidade de maneira mais eficaz do que uma descrição direta.
  3. Estilo Único: Cada escritor tem seu próprio estilo, e as figuras de linguagem são ferramentas importantes para desenvolvê-lo. A escolha de certas figuras de linguagem pode se tornar uma marca registrada do escritor, ajudando a definir sua voz única.
  4. Conexão Emocional: Figuras de linguagem como a metonímia ou a personificação podem criar uma conexão mais forte entre o leitor e o texto. Ao evocar imagens vívidas ou emoções intensas, elas ajudam a envolver o leitor em um nível mais profundo.
  5. Ampliação de Perspectivas: Ao usar figuras de linguagem, os escritores podem apresentar situações cotidianas sob uma luz nova e surpreendente. Isso pode desafiar os leitores a ver o mundo de maneiras diferentes e a considerar perspectivas que eles podem não ter considerado antes.
  6. Impacto Narrativo: Em obras de ficção, as figuras de linguagem podem ser usadas para reforçar temas, construir atmosferas e desenvolver personagens. Por exemplo, uma analogia cuidadosamente escolhida pode destacar um aspecto crucial da personalidade de um personagem ou da trama.
  7. Versatilidade e Adaptabilidade: Dominar diferentes figuras de linguagem permite que os escritores se adaptem a uma variedade de gêneros e públicos. A capacidade de ajustar o uso de linguagem figurativa é crucial para escrever de forma eficaz em diferentes contextos.


Em resumo, as figuras de linguagem são ferramentas poderosas que permitem aos escritores comunicar de forma mais eficaz, expressar ideias complexas de maneira acessível, e estabelecer uma conexão emocional mais forte com seus leitores. Elas são fundamentais para a criação de obras literárias que são tanto artísticas quanto comunicativas.

Considerações

Como eu disse no início do texto, são dezenas e dezenas de figuras de linguagem. Poderia ficar dias e dias conversando sobre e trazendo exemplos. É bacana perceber inúmeros recursos que tornam a nossa língua portuguesa tão rica, não é mesmo?


Se você, assim como eu, está se aventurando em publicações de textos ou até mesmo planejando o seu livro, com certeza usará algumas dessas figuras.


E já que estamos falando de escrita, quero fazer um convite muito especial! 


A gente sabe que existe uma diferença enorme entre o “querer” e o “publicar”, não é mesmo? Você quer ver suas histórias transformarem-se em um livro de sucesso, mas não faz ideia de como é o processo, desde as primeiras palavras até a publicação?


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Figuras de linguagem: indispensáveis para um bom escritor

Juliano Loureiro; escritor, profissional de marketing e produtor de conteúdos literários.


Criei o Bingo em 2019 para compartilhar conteúdos literários com outros escritores, que também têm dúvidas sobre como escrever e publicar um livro. 


Já escrevi mais de 900 artigos, além de diversos e-books gratuitos. Na minha jornada literária, publiquei 6 livros, sendo 3 da série pós-apocalíptica "Corpos Amarelos".


Também sou criador do Pod Ler e Escrever, podcast literário com mais de 200 episódios publicados. 


Para aprender mais sobre escrita criativa, confira meu canal no Youtube, vídeos diários para você. Link abaixo:

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