Juliano Loureiro • mai. 08, 2021

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Prepare a pipoca que hoje o assunto é cinema! Mais especificamente filmes que foram inspirados em livro e que, talvez, você nem faça ideia.


Sem adentrar no eterno embate de
Qual é melhor: o livro ou o filme?”, porque nunca vamos chegar ao fim da discussão, quis trazer algumas obras cinematográficas que, por diversos motivos, tiveram seus livros originários sobrepostos, por assim dizer.


Confesso que me surpreendi com alguns selecionados, não fazia ideia mesmo. Outros, talvez a informação de ser uma adaptação de um livro não tenha sido tão divulgada à época de lançamento e ficou por isso mesmo. Enfim, esse post é para reparar tais injustiças.


Acomode-se, pegue a sua pipoca e “bom filme e boa leitura”!

A Garota Dinamarquesa, de 2015

Vou começar as dicas de filmes inspirados em livros trazendo uma indicação cercada de polêmica e, como de praxe, um dos pontos das diversas polêmicas é exatamente a transposição do gênero literário para o cinematográfico. 


A adaptação do diretor Tom Hopper - em 2015 - para o livro de mesmo nome, do autor David Ebershoff
pecou, segundo alguns críticos e representantes de movimentos LGBTQIA+, ao romantizar demais uma história dura e de muita luta das artistas plásticas Lili Elbe e Gerda Wegener


Bem, para entender a polêmica, é preciso saber do que se trata livro e filme. Ambos se venderam como baseados em fatos reais, mas o filme ainda usou um pouco da armadura da ficção para ter uma certa liberdade poética e adaptar a narrativa. E foi aí que deu ruim.


A
Garota Dinamarquesa tem a importante história da primeira pessoa transgênera (ou uma das primeiras pessoas) a passar por uma cirurgia de mudança de sexo. Foi Lili Elbe, que nasceu com o nome de Einar Mogens Wegener. Einar era casado com Gerda e ao começar a modelar para a sua esposa, com trajes femininos, acabou se descobrindo mulher.


Assim como eu fui muito sucinto na sinopse do filme, a película de Hopper também foi acusada de deixar muito simplória uma história de luta e superação do casal.
Outra bola fora foi a escolha de um ator cisgênero para interpretar uma pessoa transgênero.


Polêmicas à parte, um filme e livro como esses são importantes para educar uma sociedade tão conservadora em alguns aspectos. Também vale o convite à reflexão sobre a representatividade nas artes, principalmente no cinema.

Forrest Gump, de 1994

Que Forrest Gump é um dos maiores clássicos do cinema e um dos melhores trabalhos de Tom Hanks, você já sabe, certo? Agora, você sabia que essa pérola cinematográfica é baseada no livro do autor Winston Groom, publicado lá em 1986?!


Todo mundo que ama cinema conhece o jargão “
Run, Forrest, run!” e o carismático Forrest, protagonista central das obras literárias e cinematográficas. Não há muito que se falar sobre o filme e livro, a história adaptada para o cinema foi bem fiel ao escrito de Groom.


A história é a vida de Forrest, um simpático cidadão simples, com um QI abaixo da média, mas que mesmo com um raciocínio lento, digamos assim, viveu uma vida repleta de aventuras e os seus principais marcos coincidiram com alguns dos fatos históricos mais importantes dos Estados Unidos.


Destaque para a narrativa da história, toda em flashback e com um final bem interessante. Vale ressaltar que a adaptação cinematográfica optou apenas por saltar alguns capítulos dos livros e reduzir algumas das peripécias e feitos de Forrest, mas nada que inferiorize a obra.


O filme ganhou, nada mais, nada menos, que
os seguintes Oscars Melhor Filme, Melhor Ator, Melhor Direção, Melhores Efeitos Visuais, Melhor Roteiro Adaptado e Melhor Edição. E também levou 3 Globo de Ouro: Melhor Ator - Drama Cinematográfico, Melhor Direção e Melhor Filme - Drama.

Marley e Eu, de 2008

Eu não sei vocês, mas filmes com animais eu só gosto quando eles são os protagonistas e nada de mal acontecerá a eles. Brincadeiras à parte, Marley e Eu, com certeza, foi um dos filmes que mais arrancou lágrimas dos seus espectadores. 


Agora, imagine você ler o livro
Marley e eu, a vida e o amor ao lado do pior cão do mundo, de John Grogan, publicado em 2005. 


Marley é um labrador “raiz”: bagunceiro, estabanado, elétrico e companheiro fiel. Talvez, o casal John e Jenny buscavam em um cão, a última qualidade. Quando ainda filhote, Marley demonstrou aos seus pais adotivos que não seria tão simples e calma a convivência dessa nova família.


O filme e o livro contam essa história de amor entre homens e cães, a cumplicidade canina e a forma não tão delicada como eles entram, de vez, em nossa vida.
Marley e Eu, talvez não tenha uma história tão inovadora, mas, com certeza, tem uma beleza emocionante que vai cativar até os corações mais duros. Bem como qualquer labrador faz.

O Diabo Veste Prada, de 2006

Um clássico da Sessão da Tarde, Temperatura Máxima e qualquer outro programa de exibição de filmes, na faixa vespertina do dia, é quase impossível encontrar quem não tenha visto Meryl Streep, no papel da insuportável Miranda e Anne Hathaway, como a batalhadora Andrea Sachs. 


O que você, talvez, não saiba é que
O Diabo Veste Prada é o livro de Lauren Weisberger, publicado em 2003. E, para sua sorte, estou te contando isso, agora, porque se você trabalhasse para Miranda Priestly, editora-chefe em uma das mais importantes revistas de moda do mundo, estaria no olho da rua.


Essa instabilidade é vivida diariamente por Andrea Sachs, uma jornalista recém formada que aceita o cargo de assistente de Miranda, para alavancar a sua carreira. O problema é que Miranda é praticamente o diabo mesmo e faz Andrea de gato-sapato.


O livro foi um sucesso imediato, ficando por seis meses na lista de bestsellers do New York Times.

A Pele Que Habito, de 2011

Um clássico de Pedro Almodóvar com ninguém menos que Antonio Banderas em seu elenco e  Elena Anaya como protagonista. Apesar do sucesso cinematográfico, pouca gente sabe que o filme foi inspirado em um livro do escritor francês Thierry Jonquet.


Tarântula, escrito em 1984 por Jonquet, é um livro perturbador, mas se você já viu o filme, sabe do que estou falando. Resumindo brevemente a obra literária, temos 3 histórias que ocorrem paralelamente, ao menos é o que o leitor pode imaginar no início da leitura. Mas, para mexer com os nossos brios, essas narrativas se entrelaçam numa história para lá de macabra.


A primeira história é do cirurgião plástico renomado, Richard Lafargue, que mantém a sua “esposa” em um regime de prostituição e cárcere privado. A segunda narrativa é sobre Alex Barny, um assaltante que matou um militar francês e é procurado pela polícia. Alex precisa desesperadamente dar um sumiço e fazer o seu rosto desaparecer da mídia. E, a última história é de um jovem refém preso, em um porão escuro, por um homem de alcunha Tarântula.


Agora, indo ao ponto que interessa, a adaptação cinematográfica de Almodóvar se afasta um pouco da obra que a deu origem, mas nem por isso deixa de ser menos agonizante. Tanto que o final da película é tida como uma das mais fantásticas do cinema e a tensão do filme perdura por dias e dias, na sua mente. 


Se você chegou ao final dessa lista e pensou “
Poxa, mas eu sabia de todos esses livros”, fico muito feliz por você, porque nem sempre nos atentamos às partes de produção dos filmes, como os roteiros, por exemplo.


E é claro que essa lista está super incompleta. Que tal você me ajudar, comentando qual filme você ama e descobriu só depois que ele é baseado em um livro? Conte pra gente, nos comentários.


Antes de você ir, quero deixar um convite para você conhecer uma nova obra literária. Essa ainda não foi adaptada para o cinema, mas quem sabe no futuro? Quero apresentar o meu romance distópico
Lucas: a Esperança do Último. Eu o lancei recentemente e já tenho recebido boas críticas. É um excelente livro young adult, ou seja, a família toda pode lê-lo sem problemas!


Em
Lucas: a Esperança do Último, apenas 2% da população mundial sobreviveu à Grande Extinção. Estamos em 2042 e Lucas acredita que somente ele e seu gato Félix sobreviveram. Mas algo acontece e ele passa a acreditar que ainda pode encontrar a sua família, para isso, terá de sair em uma jornada de vida ou morte.


Quer saber mais sobre essa história?
Baixe, agora, os capítulos iniciais e conheça Lucas!

Juliano Loureiro; escritor, profissional de marketing e produtor de conteúdos literários.


Criei o Bingo em 2019 para compartilhar conteúdos literários com outros escritores, que também têm dúvidas sobre como escrever e publicar um livro. 


Já escrevi mais de 900 artigos, além de diversos e-books gratuitos. Na minha jornada literária, publiquei 6 livros, sendo 3 da série pós-apocalíptica "Corpos Amarelos".


Também sou criador do Pod Ler e Escrever, podcast literário com mais de 200 episódios publicados. 


Para aprender mais sobre escrita criativa, confira meu canal no Youtube, vídeos diários para você. Link abaixo:

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