Juliano Loureiro • fev. 17, 2021

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Não é novidade filmes baseados em livros, inclusive, dificilmente o cinema resistiria sem a literatura. Mas, para os desavisados, é muito comum o caminho inverso, filmes que inspiram a criação de obras literárias. Inclusive, há um clássico muito famoso da ficção científica que nasceu primeiro na sétima arte, para depois ir para as páginas impressas de um livro, estou falando de 2001: Uma Odisseia no Espaço.


E também engana-se quem acredita que isso é coisa de filmes mais antigos, clássicos do passado. Os filmes
Eu Sou a Lenda, de 2007, e O Livro de Eli, de 2010, são inspirações e grandes referências para a minha obra Lucas: a Esperança do Último.


Como os filmes estrelados por Will Smith e Denzel Washington podem ser tão influentes? Bem, tratando-se de artes distópicas, basta assisti-los e ficará evidente alguns elementos comuns aos filmes e ao livro. Mas, não é somente isso que irei trazer neste post, eu quero mesmo é propor uma leitura despretensiosa, com curiosidades sobre
Eu Sou a Lenda e O Livro de Eli.


Para quem já viu os filmes, tenho certeza que a curiosidade já foi aguçada. E, para quem ainda não viu, será um excelente incentivo.


Preparado? Boa leitura!

Eu Sou a Lenda: Sinopse

Estrelado por Will Smith, se você não associa o nome ao filme facilmente, muita gente recorda deste filme como o “filme do Will Smith com o cachorro”. E cá, entre nós, quando tem um cachorro como “protagonista” a gente sempre dá mais valor ao animal, não é mesmo? Mas, parece que Hollywood gosta de nos ver chorando em seus filmes e, como quase sempre, o cachorro é que paga pelos erros dos protagonistas. 


Divagações à parte, Will é Robert Neville, único sobrevivente em uma Nova Iorque devastada, dizimada por um vírus letal. Apesar de uma das poucas certezas ser que o vírus se espalha até pelo ar, Robert precisa descobrir, além da cura, porque é imune ao tal vírus, que anos atrás era apontado como possível cura para o câncer.


Na sua busca por resposta, Robert tem a companhia de Sam, sua cadela. O fato de ser o único sobrevivente, até então sabido, não quer dizer que Robert Neville esteja sozinho. As pessoas que foram infectadas pelo vírus e não morreram, cerca de 9% da população, transformaram-se em uma espécie de zumbi vampiro.


Bem,não vou me adentrar muito sobre a história, mas já dá para ter uma noção do que Will Smith passa, não é mesmo? Além de Will,
Eu Sou a Lenda tem no elenco a brasileira Alice Braga e direção de Francis Lawrence.

10 Curiosidades sobre Eu Sou a Lenda

Quem não curte umas curiosidades de bastidores do cinema? Então, se ligue nessas sobre Eu Sou a Lenda:


  1. O filme é baseado no romance, de mesmo nome, de Richard Matheson, publicado em 1954;
  2. Por falar no livro, a Warner é detentora do direito de adaptação desde a década de 70;
  3. Pode-se imaginar que muita coisa aconteceu nesse tempo até ser, finalmente, lançado, não é mesmo? Nos anos 90, o filme quase aconteceu com a direção de Ridley Scott e Arnold Schwarzenegger como protagonista;
  4. O filme só não aconteceu com Schwarzenegger e Scott porque o orçamento ficou muito alto;
  5. Por falar em cifras: uma única cena, filmada na Ponte do Brooklyn, custou a bagatela de 5 milhões de dólares. Uma única cena. Cinco milhões de dólares. E o problema era o cachê do Arnold e Ridley;
  6. Além do investimento, foi necessária a autorização de 14 órgãos do governo americano, para a filmagem na ponte;
  7. Por fim, o orçamento do filme ficou em torno dos 150 milhões de dólares; 
  8. Além de Ridley Scott, quem quase sentou na cadeira de diretor foi Guilermo Del Toro. Mas ele preferiu filmar  Hellboy II: O Exército Dourado. Vai entender;
  9. Tim Burton também foi cotado, mas assim como os demais, não assumiu a direção;
  10. As especulações também passaram pelo protagonista. Will Smith não foi escolha imediata. Além dele, os nomes de Nicolas Cage, Tom Cruise, Michael Douglas, Mel Gibson e Daniel Day-Lewis foram especulados.
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Sinopse de O Livro de Eli

Um filme com opiniões bem diversas. O Livro de Eli é daquele tipo que você gosta ou odeia. Acredito que ele não foi feito para opiniões divididas. Talvez por envolver um lado místico, religioso que sempre gera um desconforto ao colocar em cheque nossas crenças. Ainda mais quando a possível salvação da humanidade está em um único livro. Bem, aí já dá para imaginar em torno do que gira o debate, não é mesmo?


Pois bem, gostem ou não do filme, é inegável que ele tem fortes características das distopias de maiores sucesso, no cinema e na literatura. Em
O Livro de Eli, passaram-se 30 anos desde a última grande guerra mundial. E o que sobrou do Planeta é só destruição e caos.


Eli (Denzel Washington) tem a missão de chegar ao Oeste, é preciso entregar um objeto que, supostamente, garantiria ao seu portador o poder de governar todas as cidades restantes. É claro que você já deduziu que esse objeto é um livro e, antes de imaginar que transportar um simples livro é uma tarefa banal, acrescenta-se o fato de que Eli é cego e pelo caminho ele encontrará governantes e povoados dispostos a matar para conseguir tal livro.


Além de Denzel Washington, o filme tem em seu elenco Mila Kunis e Gary Oldman. Denzel também assina a obra como produtor e a direção ficou com os irmãos Albert e Allen Hughes.

Algumas curiosidades sobre O Livro de Eli

Polêmico, controverso, bom ou ruim, não importa. Quando falamos dos bastidores, todo mundo quer saber o que se passa. Então, quer saber o que aconteceu antes de O Livro de Eli ir ao ar? 


  • Eli é uma variante para o nome de Deus, em aramaico, árabe e hebreu;
  • Dublê? Não para Denzel Washington. O ator dispensou o uso de dublês nas cenas de luta. Para isso, foram meses de treino com Dan Inosanto, discípulo de Bruce Lee e maior autoridade mundial viva em jeet kune do (algo como um modo de combate desenvolvido por Bruce Lee);
  • Antes de Mila Kunis assumir o papel de Solara, quem estava cotada para o elenco era Kristen Stewart, mas na época, Kristen estava gravando com os vampiros da Saga Crepúsculo. Que azar o dela, hein?!

Onde Eu Sou a Lenda, O Livro de Eli e Lucas: a Esperança do Último se encontram?

Apresentados os filmes, você quer saber o que eles têm em comum com o meu livro. Talvez, você ainda esteja procurando uma semelhança entre os filmes. Mas eu quero te mostrar que a inspiração vem de detalhes, a princípio, menores, mas que fazem uma diferença na narrativa, principalmente em um livro.


A caracterização de um mundo devastado, seja por guerra ou vírus, é premissa básica para as obras serem classificadas como
distopia. Então, primeira semelhança, mas não necessariamente uma inspiração para a construção do livro.


O ponto de interseção das obras está na jornada dos seus protagonistas.
Robert Neville, Eli e Lucas estão em busca de respostas, precisam sair de onde começaram suas histórias e à medida que avançam geograficamente ou experimentalmente falando, eles vão construindo ou concebendo uma nova noção de realidade. E a solidão é um outro ponto importante de semelhança entre as obras.


Por mais que seus acompanhantes, animais ou companhias esporádicas estejam ali, nenhum deles vai ser peça fundamental para resolução dos problemas. Somente os protagonistas podem dar fim à angústia vivida no mundo pós-apocalíptico. É aquela sensação de estar em um grupo de pessoas, mas mesmo assim, sentir-se só.


Antes de encerrar, vou deixar um convite super importante para você. Agora que você já conhece duas importantes inspirações, que tal conhecer a minha obra?


Em
Lucas: a Esperança do Último, apenas 2% da população mundial sobreviveu à Grande Extinção. Estamos em 2042 e Lucas acredita que somente ele e seu gato Félix sobreviveram. Mas algo acontece e ele passa a acreditar que ainda pode encontrar a sua família, para isso, terá de sair em uma jornada de vida ou morte.


Quer saber mais sobre essa história?
Baixe, agora, os capítulos iniciais e conheça Lucas!

Juliano Loureiro; escritor, profissional de marketing e produtor de conteúdos literários.


Criei o Bingo em 2019 para compartilhar conteúdos literários com outros escritores, que também têm dúvidas sobre como escrever e publicar um livro. 


Já escrevi mais de 900 artigos, além de diversos e-books gratuitos. Na minha jornada literária, publiquei 6 livros, sendo 3 da série pós-apocalíptica "Corpos Amarelos".


Também sou criador do Pod Ler e Escrever, podcast literário com mais de 200 episódios publicados. 


Para aprender mais sobre escrita criativa, confira meu canal no Youtube, vídeos diários para você. Link abaixo:

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