O ano está chegando ao seu final e eu te pergunto como está a
meta de leitura de 2022. Muitos leitores já cumpriram suas promessas literárias, outros estão nos finalmentes e tem o time daqueles que não estipulam meta e ainda dobram a meta.
Mas se você ainda busca alguma leitura para encerrar o ano, gosta de fechar o ciclo corretamente, será que é possível começar e finalizar uma nova leitura? Sim, é possível e eu vou te ajudar.
Faltando pouco mais de um mês para o final de 2022, vem a correria das festas. Shoppings, presentes, ceia de natal, roupa nova para réveillon… que horas você parará para ler?
Foi pensando nisso tudo que
separei uma lista de livros curtos para ler em um dia ou livros com poucas páginas, que, com certeza, dá para finalizar em pouco mais de um mês.
Antes de tudo, lembre-se que leitura não é competição, leia no seu tempo e na cadência que lhe dê prazer em estar lendo. Vamos à lista?
1. A Hora do Lobisomem, de Stephen King
Para os amantes do terror - ou nem tanto -,
uma obra de King com apenas 150 páginas. Isso mesmo, o autor de calhamaços também tem seus livros curtos.
A Hora do Lobisomem é uma história com um quê de folclore e lenda urbana. Há alguns relatos mais violentos, mas nada que vá revirar o estômago.
O legal deste livro é que ele é divido em 12 capítulos, cada um referente a um mês do ano. Então você pode muito bem dividir a leitura diária por capítulos. Em 12 dias, você já terá terminado.
A edição da coleção Biblioteca Stephen King, da Suma, tem capa dura e ilustrações fantásticas.
2. Roube como um artista: 10 dicas sobre criatividade, de Austin Kleon
Você faz promessas de final de ano? Se para 2023 está na lista o seu desenvolvimento pessoal ou profissional, não precisa esperar a virada do ano.
A obra de Austin Kleon tem apenas 156 páginas e traz dicas incríveis de como você pode instigar a sua criatividade, uma das mais importantes ferramentas do século XXI.
Além das poucas páginas, a leitura é fluída porque não se trata de teorias impressas e divagações, Kleon preza pela praticidade e traz dicas bem mais lúdicas de como exercitar.
3. Marrom e amarelo, de Paulo Scott
Publicado em 2019,
Marrom e amarelo foi uma das obras nacionais mais comentadas à época do seu lançamento.
A narrativa toca numa “ferida social” do Brasil que parece não cicatrizar tão cedo que é o racismo estrutural em nosso país.
Paulo Scott conta a história de Frederico e Lourenço, moradores da periferia do Rio Grande do Sul. Frederico cria uma ONG para ajudar as minorias e as histórias de vida das pessoas se misturam.
Uma obra para nos fazer refletir sobre nosso comportamento enquanto sociedade e quanto ainda estamos presos ao passado.
4.
Última parada, de Casey McQuiston
Para os leitores que fizeram de
Vermelho, Branco e Sangue Azul um dos
best-sellers recentes, a nova obra de Casey McQuiston é quase que uma leitura obrigatória.
São 400 páginas de uma história envolvente, um romance jovem, mas com uma pitada de mistério e, pasmem, até viagem no tempo.
Para os leitores jovens ou fãs de
YA,
Última Parada promete boas horas de leitura, que podem acabar bem antes de 2022.
5.
Gótico Nordestino, de Cristhiano Aguiar
Para os amantes de contos, para quem gosta de literatura e terror nacional e também gosta de histórias ambientadas em cenários nossos, a obra de Cristhiano Aguiar é um prato cheio.
Lançado neste ano,
Gótico Nordestino é uma coletânea de 9 histórias que, por mais que se passem em cenários nacionais como o cangaço, têm fortes influências de séries, cinema e quadrinhos. Essa miscelânea entrega uma narrativa diferente da prosa literária tradicional.
Apesar do título, não se engane,
Gótico Nordestino não tem um único cenário ou recorte temporal, as histórias vão desde os tempos de cangaço, passeiam pelos tempos sombrios da ditadura e viaja até o futuro.
6.
Essa Gente, de Chico Buarque de Holanda
Chico Buarque nos apresenta Manuel Duarte, um escritor carioca premiado, mas que vive uma crise criativa e afetiva, quase que existencial.
Essa Gente conta os dias de Duarte perambulando pelo Leblon, enquanto o Rio de Janeiro escancara seus problemas sociais e a sociedade está a beira do caos. Chico Buarque quase nos faz pensar que se trata de uma obra autobiográfica, exceto pela parte da crise do escritor.
Um misto de ficção e realidade, sonhos e delírios, a obra de Chico Buarque promete te prender pela narrativa engenhosa, mas também pela cutucada nas nossas feridas enquanto sociedade, após os últimos anos políticos.
7.
As Intermitências da Morte, de José Saramago
E se as pessoas nunca mais morressem? Bem, essa é a premissa de
As Intermitências da Morte, de Saramago. Eu não sei você, mas eu já fiquei muito curioso só com isso e pretendo logo mais fazer essa leitura.
Em um belo dia, em um país, a Morte resolveu se aposentar, cansada de ser repudiada, odiada pela população, decidiu parar de ‘matar’.
“Idosos e doentes agonizam em seus leitos sem poder "passar desta para melhor". Os empresários do serviço funerário se veem “brutalmente desprovidos da sua matéria-prima". Hospitais e asilos geriátricos enfrentam uma superlotação crônica, que não para de aumentar. O negócio das companhias de seguros entra em crise. O primeiro-ministro não sabe o que fazer, enquanto o cardeal se desconsola, porque "sem morte não há ressurreição, e sem ressurreição não há igreja".
Uma história intrigante com pouco mais de 200 páginas.
Com certeza, a curiosidade fará com que essa leitura seja bem rápida, não é mesmo?
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Com essas dicas, você pode encerrar a sua meta literária de 2022 e ainda ficar com algumas sugestões para a sua lista de leitura para 2023. E entre uma leitura e outra, que tal assistir a vídeos sobre literatura?
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