Você escreveu a sua obra-prima e quer que todo mundo leia. Ou, finalmente resolveu publicar o seu primeiro livro e deseja seguir na carreira literária, chegar a milhares de estantes de leitores e, para isso, estar em uma editora com bom mercado ou até mesmo chegar às principais seria bacana, não é mesmo?
Mas, como você, escritor independente, pode chegar até uma editora? É aí que entra em campo o agente literário!
E se você ainda está dando os primeiros passos na carreira literária e não faz ideia do que seja um agente literário ou até sabe, mas tem dúvidas de como encontrar o seu, recomendo que siga com esta leitura.
Vem comigo que está na hora de você conhecer quem pode abrir algumas portas para você!
O que é ou quem é o agente literário?
Existem alguns profissionais que são, a grosso modo, facilitadores de processos, e você, com certeza, conhece alguns. O agente de viagem, por exemplo, é responsável por encontrar e fazer as melhores reservas em hotéis, compras de passagens e, se bobear, ainda traça o itinerário da sua viagem de férias.
Agora, imagina um profissional com funções semelhantes, porém no mercado de livros.
O agente literário é a pessoa ou empresa responsável por intermediar escritores e suas obras e as editoras.
O seu trabalho é como uma gerência da carreira do escritor.
Como trabalha um agente literário
O trabalho de um agente literário não termina quando ele encontra uma editora e essa aceita publicar a sua obra. Vale dizer que o caminho até chegar ao “sim” da editora não é tão simples, mesmo para um agente.
O agente literário é responsável por representar os interesses do escritor, então ele negociará detalhes como os direitos autorais, cláusulas contratuais, até mesmo direitos para eventuais adaptações da obra.
Já que ele possui algumas responsabilidades fundamentais para o sucesso e futuro da carreira do escritor, é essencial que um bom agente literário tenha amplo conhecimento do mercado editorial.
Ele precisa e deve procurar as
melhores editoras para o seu livro, conhecer o perfil editorial de cada uma ou das principais, conhecer os catálogos, cases e sucessos de vendas, profissionais que atuam na editora, enfim,
fazer um verdadeiro pente fino e negociar com aquela que tenha mais a ver com a sua obra.
O agente literário é um profissional antenado ao mercado, deve estar presente em grandes eventos e feiras para fazer aquele famoso “networking”, estabelecer relacionamentos.
Vale dizer que, mesmo que você contrate um agente, o famoso QI (quem indica) ainda é um dos principais passaportes para as grandes editoras. E se você tiver sorte, o seu agente pode ter um excelente QI.
Como já disse, o trabalho não termina quando o agente encontra a editora ideal para o seu livro, ele ainda pode desempenhar um papel jurídico, com relação ao contrato a ser assinado e até mesmo intermediar a sua relação com a imprensa, por exemplo. Legal demais, não é mesmo?
Geralmente, a remuneração de um agente literário é um percentual dos direitos autorais do que foi destinado ao autor contratado. Esse valor costuma girar em torno dos 10%.
Agora que você já sabe quem é o agente literário e o que ele faz, está na hora de descobrir como você consegue o seu. Porque, assim como as editoras podem recusar a sua obra, o agente também pode optar por não agenciar você.
Mas, não se desespere. Com algumas dicas você pode facilitar a sua aceitação. Siga com a leitura e descubra como é possível.
O que fazer para conseguir um agente literário
O serviço de agenciamento literário pode ser feito tanto por um único profissional como também por uma agência literária e ambos podem aceitar ou não a sua oferta de trabalho.
É preciso que você saiba que agentes e agências recebem muitos pedidos de agenciamento e, no caso de empresas, algumas se especializam em um determinado gênero literário ou em um determinado serviço, como por exemplo vender direitos para traduções.
Independente da sua escolha, há algumas práticas que se aplicam nos dois casos e podem facilitar o seu aceite por um agente ou agência. Confira quais são esses passos:
1. Escreva um bom livro
É a premissa básica para você ser aceito, não só pelos agentes, mas pelo mercado como todo, principalmente pelos leitores. Mas, para conseguir chegar até os agenciadores, esse livro tem que estar impecável.
Pense que ele será o seu cartão de visita, então só apresente o livro se ele estiver 100% pronto, totalmente revisado.
Nada de chegar com um livro sem revisão ou inacabado, lembre-se que você está disputando espaço com outros autores.
Se você tiver mais de um livro pronto, apresente aquele que você considera que tem a melhor história.
2. Pesquise sobre as agências e os agentes
Já falei algumas vezes, mas é bom frisar sempre. Escolha a agência ou o agente que mais se assemelhe a sua obra e ao seu trabalho.
De nada adianta apresentar a sua melhor
ficção científica para um agente que tem uma carteira de autores românticos ou para uma agência especializada em literatura infantil.
Dito isso,
é importante salientar que as agências normalmente abrem um período para a submissão de originais
para avaliação. Então, é fundamental que você siga as orientações das agências e agentes para apresentar o seu trabalho.
Então, apresentar uma boa história finalizada, conforme a linha editorial da agência e as normas de submissão já é um grande passo para a aceitação do agenciamento.
3. Escreva a sua melhor carta de apresentação
De nada adianta você fazer os dois primeiros passos perfeitamente e, na hora da agência ou agente te escolher, não saberem quem é você.
Apesar de ser o terceiro passo que explico, algumas agências exigem primeiramente a carta de apresentação. E se elas não gostarem do que lerem, nem solicitam envio da obra para avaliação.
Então,
como fazer uma carta de apresentação convincente? Em primeiro lugar, lembre-se que você está “se vendendo”, vendendo o seu peixe.
Evite textos longos, uma página é o suficiente para a sua apresentação.
E, pelo amor de Deus, não se esqueça de se apresentar literalmente, coloque seu nome e seus contatos. Não vá se esquecer disso!
Alguns profissionais orientam que essa carta seja direcionada especificamente a um dos agentes e não à agência. Mas, é sempre bom consultar as normas de cada agência.
Informações cruciais que devem estar na sua carta:
sua experiência enquanto escritor,
uma pequena sinopse da obra que deseja submeter à análise, livros referências e
porque o seu livro é melhor que eles,
qual o mercado da sua obra,
porque a agência ou agente deveria trabalhar com você
e uma conclusão solicitando a aceitação e leitura do livro.
Você, escritor, obviamente saberá como fazer esse texto, mas lembre-se de ser objetivo e sincero em todos os aspectos. Essas dicas são boas práticas que devem ser usadas, mas sempre em sintonia com as orientações da agência ou agente.
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Tenho certeza que após essa leitura e das dicas dadas, você se sentirá mais inspirado, motivado a produzir!
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