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Juliano Loureiro • 23 de janeiro de 2022

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Planeta dos macacos é um dos principais ícones da cultura pop. A origem desta distopia futurista vem do romance publicado pelo autor francês Pierre Boulle, em 1963. E este único volume, publicado no Brasil pela editora Aleph, foi o suficiente para servir de inspiração a todos os filmes da enorme franquia.


Desde a década de 60 impactando milhões ao redor do mundo, O Planeta dos Macacos é muito mais que uma simples história entre homens e macacos. No texto de hoje, saiba quem foi o autor e detalhes do livro e da enorme série de filmes. Me acompanhe nas próximas linhas e boa leitura!

Sobre o autor, Pierre Boulle

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Pierre Boulle nasceu Avinhão, na França, no ano de 1912. Engenheiro, batalhou na Segunda Guerra Mundial como um agente secreto da inteligência da França Livre. Anos após o término da segunda grande guerra, publicou o seu primeiro livro: William Conrad (1950).


Além da sua grande obra, O Planeta do Macacos, outro livro publicado por Boulle teve boa repercussão: A ponte sobre o Rio Kwai, que conta uma ficção histórica de guerra.


A paixão pela literatura veio de berço. Seu pai, Jean Baptiste Boulle, era dramaturgo, poeta e contista amador. Sua mãe, Juliette-Marie, era filha do famoso dramaturgo François Seguin.


A carreira de Pierre como escritor começou somente após a Segunda Guerra Mundial, quando voltou para o seu país. Teve diversas dificuldades financeiras e tentou concluir o bacharelado em engenharia, mas não obteve sucesso. Todavia, aos poucos a carreira literária começava a despontar.


Em 1950, aos 38 anos, publicou o seu primeiro livro, William Conrad, um romance ficcional de suspense situado no início da Segunda Guerra. Dois anos depois, em 1952, veio o seu primeiro best-seller, A Ponte do Rio Kwai. E até o ano de 1992 publicou praticamente um livro por ano. Acabou se tornando um dos autores de ficção mais bem sucedidos da Europa no século XX.


Publicou sua maior obra, O Planeta dos Macacos, em 1963.


Desde o final dos anos 80, Boulle enfrentava problemas de saúde por conta da diabetes. E no início de 1994, foi hospitalizado em Paris. Faleceu em 30 de janeiro de 1994.

O Planeta dos Macacos (1963)

A obra máxima de Pierre Boulle foi escrita durante os anos de 1961 e 1962, sendo publicada no ano seguinte. Em língua portuguesa, a obra foi traduzida pela primeira vez em 1966, sendo lançado me Portugal. No Brasil, chegou apenas em 2008.


Boulle afirma que a inspiração para a criação da história veio após observar as "expressões humanizadas" de gorilas em um zoológico.


Em O Planeta dos Macacos, uma tripulação de cientistas desbrava o espaço e descobre uma terrível verdade: no mundo em que pousaram, os seres humanos não passam de bestas selvagens a serviço da espécie dominante: os macacos.


Desde as primeiras páginas até o desfecho surpreendente, a obra é impactante e original. 


Este único volume inspirou uma das franquias mais bem-sucedidas da história do cinema. Com milhões de exemplares vendidos ao redor do mundo, O planeta dos macacos é um dos maiores clássicos da ficção científica, imprescindível aos fãs de cultura pop.

As adaptações cinematográficas

A franquia nos cinemas teve origem em 1968 e de lá até 2017 foram 9 filmes produzidos. Veja abaixo detalhes sobre todos eles.

O Planeta dos Macacos (1968)

Baseado na trama principal do romance de Pierre Boulle, e estrelado pelo ator Charlton Heston, o filme narra a experiência de um astronauta sobrevivente de uma missão espacial, que aterrissa em um planeta igual à Terra e descobre que uma raça de macacos falantes domina e escraviza seres humanos, que são mudos.

De volta ao Planeta dos Macacos (1970)

Na primeira continuação, o astronauta Brent (James Franciscus) é enviado em busca de Taylor (Charlton Heston) e seus companheiros. Ele encontra Nova (Linda Harrison), a companheira de Taylor, e juntos acabam por encontrar uma sociedade de humanos mutantes que moram no subterrâneo e adoram uma bomba que é capaz de destruir todo o planeta.

A fuga do Planeta dos Macacos (1971)

Durante a explosão da Terra, os chimpanzés Cornelius (Roddy McDowall), Zira (Kim Hunter) e Milo (Mineo) estavam a bordo da antiga nave de Taylor, por eles consertada.


A explosão causou uma pane nos sistemas da nave e fez com que ela voltasse no tempo, para o ano de 1973. Os chimpanzés são descobertos e levados a um zoológico, onde o Dr. Milo é assassinado por um gorila.


Então, Cornelius e Zira vão morar num hotel, onde são descobertos e acolhidos pela sociedade mundial. Porém, ao descobrir que o mundo no futuro será dominado por macacos, o Dr. Otto Hasslein (Eric Braeden), membro do governo, apoia a idéia de assassinato do casal. Sua idéia se fortalece ainda mais quando é revelado que a fêmea, Dra. Zira, está grávida, e uma eletrizante caçada é promovida, o clímax do filme acontece em um cargueiro abandonado.

A conquista do Planeta dos Macacos (1972)

A história se passa 18 anos após o terceiro filme, onde Armando apresenta a César, filho do Dr. Cornelius e da Dra. Zira, a terrível verdade: os macacos são escravos usados para serviços minoritários, como fazer as compras, servir mesas ou fazer faxina, e não têm respeito nem direitos assegurados.



Irritado ao ver um macaco sendo tratado de forma violenta por policiais, César não se contém e brada de indignação. Armando, com a intenção de proteger César, se entrega como responsável pelo ato, e é levado para ser interrogado. Enquanto isso, César é integrado ao sistema e vendido a MacDonald como um macaco comum. Então ele vê como os macacos são maltratados e incentiva-os a se rebelarem contra os humanos.

A batalha do Planeta dos Macacos (1973)

12 anos após o início do reinado de César (McDowall), foi constituída uma sociedade rural pacífica de macacos, em que a mais valiosa lei é "macaco jamais matará macaco". Eles vivem em paz com alguns humanos sobreviventes da Guerra Nuclear que devastou a sua sociedade. Porém, Aldo (Akins), um gorila beligerante, acha que os macacos devem ter armas e matarem humanos. E conspira com os outros da espécie para que César não continue no poder.

Planeta dos Macacos (2001)

Este filme recria a história original do livro. Com algumas alterações em relação ao enredo original, desta vez temos a história da chegada do astronauta Leo Davidson em um planeta habitado por macacos humanóides inteligentes. Os macacos tratam os humanos como escravos, mas com a ajuda de uma macaca chamada Ari, Leo inicia uma rebelião.

Planeta dos Macacos: A Origem (2011)

Sucesso de crítica e público, A Origem retrata o período anterior ao visto no livro. Nesta história, temos Will Rodman (James Franco) é um químico, que na procura de uma cura para o mal de Alzheimer (incentivado por seu pai possuir essa doença), cria uma droga chamada ALZ-112.


Porém, essa droga possui um efeito curto, e depois de algum tempo o corpo consegue produzir anticorpos que acabam com o efeito do vírus ALZ-112. O efeito desse vírus é completamente diferente nos macacos. Nesses últimos, o vírus causa uma neurogênese, aumentando o QI dos símios.

Planeta dos Macacos: O Confronto (2014)

Dez anos após seu último embate, um grupo de humanos sobrevivente de uma praga mortal ameaça a crescente nação de macacos geneticamente evoluídos de César. Ambos os lados são levados a uma guerra que pode determinar definitivamente a espécie dominante da Terra.

Planeta dos Macacos: A Guerra (2017)

Após os eventos de Planeta dos Macacos: O Confronto, César e seus macacos são forçados a um conflito mortal com um exército de seres humanos liderados por um coronel cruel.


Após os macacos sofrerem perdas inimagináveis, César luta com seus instintos e começa sua própria busca para vingar a espécie. Esta jornada traz face a face César e o Coronel que serão colocados um contra o outro em uma batalha épica que irá determinar o destino de ambas as espécies e o futuro do planeta.


Chegamos ao final do artigo. Gostou de saber mais sobre O Planeta dos Macacos, seu autor e as adaptações no cinema? Deixe aqui o seu comentário e até o próximo texto.

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Um homem com tatuagens senta-se à mesa com lucas remando livros

Juliano Loureiro; escritor, profissional de marketing e produtor de conteúdos literários.


Criei o Bingo em 2019 para compartilhar conteúdos literários com outros escritores, que também têm dúvidas sobre como escrever e publicar um livro. 


Já escrevi mais de 950 artigos, além de diversos e-books gratuitos. Na minha jornada literária, publiquei 6 livros, sendo 3 da série pós-apocalíptica "Corpos Amarelos".


Também sou criador do Pod Ler e Escrever, podcast literário com mais de 250 episódios publicados. 


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