Juliano Loureiro • ago. 05, 2022

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Neste 05 de agosto de 2022, o Brasil acordou em luto. Perdemos Jô Soares, um dos ícones da TV e da cultura brasileira.


Jô faleceu em São Paulo, de causa, até então, não informada. O apresentador estava internado desde o dia 28 de julho e nos deixou com seus 84 anos.


Jô Soares é uma das figuras mais marcantes da TV
, passou pelas principais emissoras desde a extinta TV Tupi, passando por Record, SBT e duas vezes pela Rede Globo, onde encerrou a carreira.


O humor sempre foi uma das principais características do apresentador,
um dos pioneiros brasileiros no que conhecemos hoje como stand up, foi também responsável pelos primeiros programas nacionais no estilo sitcom. 


Por muitos anos, acumulou as funções de roteirista, diretor e ator dos seus próprios programas.


Além do lado cômico,
Jô é lembrado como uma pessoa muito inteligente, com um vasto conhecimento de mundo. 


Além disso,
Jô foi um artista de várias artes, como já dito, foi diretor, ator, apresentador, roteirista, humorista, mas também foi escritor, pintor, dramaturgo e escreveu para jornais.


Em homenagem a essa figura ímpar, dona de bordões eternizados, te convido para conhecer um pouco da história de vida de Jô Soares.

Biografia de Jô Soares

jo-soares

José Eugênio Soares, nosso querido Jô Soares, nasceu em 16 de janeiro de 1938, no Rio de Janeiro. Filho único do empresário paraibano Orlando Soares e da dona de casa Mercedes Leal. Tanto a sua família materna quanto paterna eram abastadas.


Pelo lado de sua mãe, era bisneto do conselheiro Filipe José Pereira Leal, diplomata e político que, no Brasil Imperial, foi presidente da província do Espírito Santo. E do lado do seu pai não foi muito diferente.
Jô era sobrinho-bisneto de Francisco Camilo de Holanda, presidente da província da Paraíba.


A condição familiar permitiu que a criança e o jovem Jô Soares tivessem uma educação refinada.
No Rio de Janeiro, estudou em uma das escolas referências, o Colégio São Bento. Jô Soares, inspirado pela família, o jovem desejava se tornar diplomata.


Para que tal sonho fosse possível, ainda bem novo foi estudar nos Estados Unidos e, aos 12 anos, na Suíça.
Apesar do investimento na carreira diplomática, Jô Soares já era um entusiasta das artes, principalmente do teatro e do humor.


Jô ficou até os seus 17 anos na Suíça, o seu retorno ao Rio com a família deve-se ao fracasso dos negócios de seu pai. E nesta época decidiu de vez abraçar as artes como trabalho e estilo de vida.

A carreira artística de Jô Soares

A estreia na TV, onde ele alcançaria o seu maior sucesso, viria somente no ano de 1958. Mas antes disso, Jô Soares fez suas primeiras aparições no cinema, nos musicais “Rei do movimento” (1954), “De pernas pro ar” (1956) e “Pé na tábua” (1957).


O primeiro papel de destaque de Jô Soares foi no ano de 59, como ator, na chanchada
“O homem do Sputnik” (1959), de Carlos Manga. 


O primeiro trabalho na TV, em 58, foi uma participação no programa “
Noite de gala”, pela TV Rio. Na mesma época, Jô Soares já dava os seus passos como roteirista e escreveu para o “TV Mistério”, que tinha no elenco Tônia Carreiro e Paulo Autran. 


Quando mudou de “casa” e foi para a TV Tupi, Jô atuou com grandes nomes do teatro e da TV, como Fernanda Montenegro, Ítalo Rossi, Sérgio Brito e Aldo de Maia, no Grande Teatro Tupi


Em 1960, Jô Soares mudou-se para São Paulo e, em 1967, um dos seus primeiros grandes sucessos, "A Família Trapo", na Record. O programa que ficou no ar entre 67 e 71 tinha como roteiristas Jô e Carlos Alberto de Nóbrega. No elenco, nomes como Otelo Zeloni, Renata Fronzi, Ricardo Corte Real, Cidinha Campos e Ronald Golias.

Primeira passagem pela Globo

Mesmo com o sucesso de "Família Trapo", em 1970, Jô Soares vai para a Globo. Nessa primeira passagem, vieram os programas Faça humor, não faça a guerra, Satiricom e O planeta dos homens (com um elenco com Agildo Ribeiro, Paulo Silvino, Luís Delfino, Sonia Mamede, Berta Loran, Costinha, Eliezer Motta e Carlos Leite). 


Em 1982, ainda pela Globo, talvez a primeira obra prima de Jô, o programa Viva o Gordo e seus personagens icônicos: o Reizinho, o Capitão Gay e o Zé da Galera.

Jô Soares Onze e Meia: a ida para o SBT

Em 1987, ao final do contrato com a Globo, Jô muda de “casa” novamente e desembarca na emissora de Sílvio Santos. É no SBT que Jô consolida sua carreira apresentando um dos mais icônicos programas de entrevistas do mundo, por que não?


Estima-se que só no
Jô Soares Onze e Meia foram mais de 6 mil entrevistas. Em 2000, Jô volta para a Globo, onde ficou até encerrar a carreira em 2016.

Jô Soares escritor

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Com uma bagagem cultural imensa, seria de espantar se Jô Soares não se aventurasse pelo mundo das escritas. E, como era de se esperar, não só fez uma carreira literária, como fez muito bem feita.


Jô publicou 5 livros, um deles considerado um
best-seller brasileiro:


  • O astronauta sem regime (1983): crônicas publicadas originalmente no "O Globo";
  • O Xangô de Baker Street (1995): ganhou adaptação para o cinema em 2001;
  • O homem que matou Getúlio Vargas (1998);
  • Assassinatos na Academia Brasileira de Letras (2005);
  • As esganadas (2011)


No dia 4 de agosto de 2016, Jô Soares foi eleito para a Academia Paulista de Letras para a cadeira n.º 33.


É inegável a relevância de Jô Soares para a cultura brasileira, arrisco a dizer que 99,9% da população brasileira com acesso à TV, assistiu ao menos uma entrevista de Jô. Além da inteligência, o seu carisma era cativante, quem nunca replicou o “beijo do gordo!”?


Conte para gente, nos comentários, qual a sua lembrança favorita do Jô! Reuniremos algumas boas lembranças desse artista, humano incrível que ele foi.


E se você quer mais conteúdos literários, sobre qualquer temática, deixo o meu convite para se inscrever no meu canal no Youtube.


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Juliano Loureiro; escritor, profissional de marketing e produtor de conteúdos literários.


Criei o Bingo em 2019 para compartilhar conteúdos literários com outros escritores, que também têm dúvidas sobre como escrever e publicar um livro. 


Já escrevi mais de 900 artigos, além de diversos e-books gratuitos. Na minha jornada literária, publiquei 6 livros, sendo 3 da série pós-apocalíptica "Corpos Amarelos".


Também sou criador do Pod Ler e Escrever, podcast literário com mais de 200 episódios publicados. 


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