Juliano Loureiro • fev. 07, 2020

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Que título louco né?! Aparentemente não faz sentido, mas acredito que você vai gostar. Sem muito planejamento, apenas um relato de minha experiência como empreendedor. Vamos lá?!

Já disse em outras oportunidades que ter meu próprio negócio nunca foi explícito na minha vida (o que eu ACHAVA e, geralmente, achar não é o melhor dos argumentos). Apesar de ter um pai que tem a mesma empresa há 42 anos, fui pensar em ter o próprio negócio apenas aos 26 anos.

Aos 26 foi uma empresa com CNPJ e tudo certinho (que por sinal nem existe mais), porém, eu não sabia que SEMPRE fui empreendedor. Mas você deve estar pensando: "Uai, disse que empreender nunca foi explícito mas agora diz que sempre foi empreendedor". Bom, vou explicar.

Meu primeiro negócio

Outra curiosidade sobre mim: adoro animais! E sempre tive vários de estimação. Na infância, os que mais me familiarizei foram os Hamsters. Adorava, e ainda adoro, esses roedores fofos e brincalhões. E, para "erro" meu e dos meus pais, certa vez criei um casal. Quem entende um pouquinho sobre eles sabe que hamsters reproduzem numa velocidade absurda. Não tardou muito ter vários deles em uma gaiola pequena.

Meus pais nada felizes pediram para eu "dar um jeito" nos ratinhos. Não lembro ao certo, mas devia ter cerca de 10–15. Foi então que tive a ideia de vendê-los. Veio então o primeiro desafio: vender para quem? por quanto? onde? Obviamente eu não tinha essas respostas.

Opa! Chegamos num ponto interessante desse artigo! Em paralelo a minha história de vida, vou contextualizar com a realidade de ter uma empresa. ok?!

O início de uma empresa

Toda empresa "recém nascida" tem como desafios iniciais criar uma boa oferta para um produto ou serviço. É uma tendência pensarmos APENAS em ter uma boa oferta, porém, não sabemos PORQUÊ, PARA QUEM, COMO ou ONDE vender aquilo que levamos tanto tempo para pensar. Este foi o meu primeiro desafio como empreendedor. Como me desfazer dos hamster?

Com a ajuda dos meus pais, vendi meus primeiros hamsters em uma floricultura que ficava anexa a uma supermercado. FOI A MINHA PRIMEIRA VENDA! Eu, com 10 anos, fazendo um dinheirinho.

Gastei o dinheiro com brinquedos, meia hora depois.

Foi então que eu pensei: "Posso fazer isso todos os meses". E, assim foi, por mais alguns meses. Entretanto, eu não estava satisfeito. Aquele dinheirinho já não tava sendo mais o suficiente, afinal, cada vez mais eu queria comprar mais coisas. Veio, então, a necessidade de comprar uma gaiola nova, maior.

O crescimento de uma empresa

Como, quanto e quando crescer? Muitas vezes, esse é o calcanhar de Aquiles das empresas. Na FRIENDS, o primeiro grande desafio foi: estamos com cada vez mais clientes, com alta demanda de serviços, porém com pouco recurso. O que fazer? Entramos em uma sinuca de bico. E, na infância passei por isso. O dinheiro que ganhava, era insuficiente para uma gaiola maior. Isso sem levar em conta que todos meus custos também aumentariam (serragem e ração, por exemplo).

Foi difícil, mas em uma das minhas vendas de hamster, tive que guardar o dinheiro. E, nesse momento, para que eu pudesse complementar o valor da gaiola, pedi dinheiro para os meus pais, para que eu pudesse expandir minha criação de forma mais rápida. Tive, então, um investidor.

A busca por investimentos

Negócio razoavelmente maduros buscam no mercado diversos tipos de investimentos. O investimento pode ser utilizado de várias formas, tais como: capital de giro, desenvolvimento de um software, melhorias na infraestrutura ou então, para tudo isso.

E o investimento pode ter várias fontes, desde investidores anjo (pessoas físicas que aportam uma quantia relativamente pequena, em troca de % da empresa), bancos ou grandes fundos de investimento. Cada tipo de investimento varia de acordo com o estágio de maturidade da empresa.

Eu, naquele momento de necessidade de crescimento, tive que recorrer aos meus pais e fiz uma "mini oferta". Disse que com o complemento do dinheiro para comprar a gaiola, eles não precisariam mais me ajudar com rações (que vez ou outra eu não conseguia pagar). Mal sabia que essa economia que eu estava proporcionando para eles era a forma deles terem o retorno sobre o investimento.

Com a gaiola nova, fiquei extremamente empolgado! Agora eu poderia ter vários casais de hamster procriando e, todos os meses, dezenas de ratinhos a venda. Me lembro bem, meu recorde foi 54 hamster na mesma gaiola (e garanto que sobrava espaço).

Empresa crescendo, novos desafios

MAAAAAS, com o crescimento do meu "negócio", novos problemas apareceram:

  • Meu tempo para manutenção da gaiola aumentou absurdamente;
  • Meu comprador passou a não aceitar o volume de hamsters proposto;
  • O preço por hamster vendido havia baixado;
  • O sucessivo cruzamento entre hamsters da mesma família, causou deformações nos filhotes.
Como contornar este cenário?

Fui em busca de novos compradores. E consegui vender os hamsters em um box do Mercado Central. Apesar do preço ainda mais baixo de venda, eu conseguia vender quantos fossem necessário. E foi aberta uma oportunidade. Ao conhecer o Mercado Central, pude comprar rações e serragem mais baratas. Ou seja, o meu lucro voltou a ficar competitivo.

Os outros dois problemas, tempo e hamsters deformados, eu demorei mais a resolver. E não teve saída. Tive que pedir mais ajuda a meus "investidores". Tive que comprar outras gaiolas para dividir casais de hamster. Resolvi um problema, porém, com mais gaiolas minha dedicação só aumentou…

Vivemos isso hoje na FRIENDS, quanto maior fica a empresa, maiores são os desafios. Afinal:

"Com grandes poderes, vem grandes responsabilidades". Stan Lee.

E isso ocorre com qualquer empresa que está em crescimento. Desafios que antes eram inimagináveis, tornam-se reais. Ser resiliente nos ajuda a pensar da melhor forma para tomar as melhores decisões. Empreender é isso. Surpresas e desafios TODOS os dias.

Particularmente, como resolvemos os problemas aqui na FRIENDS? Com muito trabalho e conversa. Comunicação + Ação andam juntas sempre!

Consolidação no mercado

Eu já estava com cerca de 2 anos de "empresa" e, particularmente, já não enxergava um próximo passo para o meu negócio. Já estava no desejo de me dedicar a outras atividades (que se resumia a jogar futebol e estudar).

E meus pais também já não queriam mais aquele tanto de hamster em casa. Porém, estava de certa forma consolidado. Os problemas maiores haviam sido contornados, vendia bem e o dinheiro era o suficiente para mim.

Claro que, diferente da minha realidade atual, eu não me preocupava com concorrentes, novos entrantes, novos mercados e perspectivas. Lembrando que era um negócio super amador de uma criança de 12 anos.

Estratégia de saída

Então chegou o fim. Decidi não mais criar hamster. Estava cansado daquilo. Foi então que tive que pensar em uma estratégia de saída. Obviamente eu nem sabia do conceito. Queria simplesmente vender tudo de uma vez!

Não era simples. Afinal, eu vendia vidas. Tinha que ser planejado. Meus pais conversaram com o lojista, já amigo nosso, e ficou acordado que eu deixaria todas as gaiolas na loja e quando todos os animais, gaiolas e acessórios fossem vendidos, ele me repassaria o valor.

E, de fato, foi interessante. O dinheiro recebido para "encerrar a empresa" foi o maior valor que eu conquistei de uma única vez.

Todos felizes. Eu, com dinheiro no bolso e "livre" daquele negócio, meus pais aliviados e o lojista porque pode lucrar como sempre.

Conclusão

Não citei a FRIENDS , ou o BINGO!na consolidação de mercado e na estratégia de saída por que ainda não chegamos nestes pontos. Mas, certamente, já temos em nossas mentes quais caminhos queremos trilhar no futuro.


Tentei trazer de forma lúdica a minhas minhas experiências, como criança e como adulto, com Hamster e com FriendsLab.


E, se você pensa em abrir um negócio, ou está em estágio inicial, entre em contato comigo. Vamos conversar. ;)

Juliano Loureiro; escritor, profissional de marketing e produtor de conteúdos literários.


Criei o Bingo em 2019 para compartilhar conteúdos literários com outros escritores, que também têm dúvidas sobre como escrever e publicar um livro. 


Já escrevi mais de 900 artigos, além de diversos e-books gratuitos. Na minha jornada literária, publiquei 6 livros, sendo 3 da série pós-apocalíptica "Corpos Amarelos".


Também sou criador do Pod Ler e Escrever, podcast literário com mais de 200 episódios publicados. 


Para aprender mais sobre escrita criativa, confira meu canal no Youtube, vídeos diários para você. Link abaixo:

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