Juliano Loureiro • ago. 19, 2020

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Um livro, ao ser publicado, é composto de várias partes. Muito além de apenas o “recheio” da obra, existem outros elementos que deixam a experiência de leitura ainda mais rica e prazerosa. Neste artigo, falarei um pouco mais sobre prólogo, prefácio, epílogo e posfácio - você sabe quais são as diferenças?


É fato que muitos confundem as suas finalidades ou até mesmo questionam a necessidade das existências num livro. No entanto, além de serem partes distintas,
colaboram para que o leitor tenha uma compreensão mais ampla do assunto a ser apresentado.


Quer conhecer um pouco mais sobre prólogo, prefácio, epílogo e posfácio e compreender quais são as características que os compõem? Então está no lugar correto! Confira a leitura para descobrir todas as particularidades!

Prólogo: quais são as suas características?

O prólogo é proveniente do grego πρόλογος - prólogos e do latim, prologos, que significa o que vem antes. Portanto, pode ser definido como o relato prévio de uma obra, assumindo diferentes características possíveis. A sua construção pode ser escrita pelo próprio autor ou por outro autor, ou especialista convidado.


O prólogo teve seu uso iniciado em textos de dramaturgos dos séculos XVII e XVIII. Antes da peça iniciar, um ator narrava em formato de verso um texto em direção ao público – tal como um monólogo; longa fala ou discurso pronunciado por uma única pessoa, ou enunciador.


Por ser uma prévia, sempre é apresentado antes do primeiro capítulo. É por isso que o prólogo é entendido como o
antônimo do epílogo, a última parte do livro vindo após o capítulo final.


Inúmeras obras não apresentam epílogo ou prólogo, o que é extremamente normal. Entretanto, é uma parte fundamental dos livros, sendo, por vezes, até imprescindível para o entendimento da história.


O principal motivo seria permitir ao leitor a compreensão do que o escritor deseja transmitir e tudo aquilo que será apresentado para formular a história. O prólogo, então, serve como forma de
“justificar” ao leitor o porquê daquele tema para aquela história e também como a desenvolveu.


Quando um prólogo não é escrito pelo próprio autor, o leitor acaba por ser inserido na história. Isso porque o autor do prólogo é igualmente um leitor que apresenta o que leu, quem leu e as características daquilo que leu.

Prefácio: como auxilia na apresentação do livro?

Já o prefácio pode ser descrito como um texto preliminar de apresentação, geralmente breve, escrito pelo autor ou por um convidado. Também colocado no começo do livro, contém explicações sobre conteúdo da obra, objetivos ou sobre o autor em si.


Em latim, a palavra “prefácio” significa “dito (fatio) antes (prae)”. Por isso, tal texto introdutório costuma ser relativamente curto, já que precede a obra com o intuito de preparar o leitor para o que virá em seguida.


Muitos leitores preferem passar esse texto inicial e parte direto para os capítulos principais do livro, sendo que alguns preferem, inclusive, ler o prefácio ao final. Contudo,
essa seção ganha seu valor no momento em que orienta a leitura da obra, pois evidencia recortes, contextualiza ideias e provoca reflexões que o leitor poderia não ter durante o processo.


Principais funções de um prefácio são:


  • apresentar o autor e sua história;
  • contextualizar a escrita;
  • provocar um interesse pela leitura;
  • falar sobre suas inspirações para a obra.
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Epílogo: por que é tão importante para a conclusão do tema?

O terceiro item desta lista, o epílogo é geralmente escrito pelo autor da obra, mas (assim como os dois citados anteriormente) também pode ser enunciado por uma personagem principal ou observadora dos acontecimentos relatados. 


Ao contrário do prólogo, podendo assumir a forma de um apêndice e é, frequentemente, dirigido diretamente ao leitor ou espectador. O prólogo é
um esclarecimento, no qual é contado algum fato que antecede a trama/história principal em questão


Assim sendo, o prólogo, a parte inicial do acontecimento, vem antes do 1º capítulo do livro; já o epílogo,
vem depois do último capítulo.


A palavra epílogo também é oriunda do grego epílogos, epilogus, pelo latim, que significa conclusão, sendo a denominação dada a uma parte final de um texto – uma obra literária ou dramática.
No epílogo é feito um resumo final das ideias expostas. 


Normalmente essa parte do livro é usado para relatar o desfecho dos acontecimentos, o destino das personagens da história e as conclusões finais em dissertações.

Posfácio: como uma ideia final pode ser posta?

No dicionário, posfácio está descrito como “advertência colocada no fim de um livro”. Portanto, é uma explicação ou advertência colocados no fim de um livro, depois que toda a história foi contada. O posfácio não contribui com mais história.


Se o prefácio era as notas do autor antes, o posfácio é as notas depois.
O autor fala mais sobre o final da história, o porquê de escolher tal final. Explica também a essência da história ,claro, que pode ser feito por algum leitor e não o próprio autor. Ou seja, pode ser encarado como uma parte opinativa.


Já que não faz parte da história, o posfácio não deve se estender por mais de duas ou três páginas. Afinal, o livro já acabou, é hora de se despedir do leitor e deixá-lo seguir seu rumo para outras literaturas, não é mesmo?


Algumas dicas fundamentais para escrever um bom posfácio:


  • não seja repetitivo nas palavras e conclusões;
  • não é necessária várias laudas de escrita;
  • acrescente comentários realmente relevantes.


Gostou de conhecer um pouco mais sobre prólogo, prefácio, epílogo e posfácio?
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Juliano Loureiro; escritor, profissional de marketing e produtor de conteúdos literários.


Criei o Bingo em 2019 para compartilhar conteúdos literários com outros escritores, que também têm dúvidas sobre como escrever e publicar um livro. 


Já escrevi mais de 900 artigos, além de diversos e-books gratuitos. Na minha jornada literária, publiquei 6 livros, sendo 3 da série pós-apocalíptica "Corpos Amarelos".


Também sou criador do Pod Ler e Escrever, podcast literário com mais de 200 episódios publicados. 


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