Se formos pensar em um aspecto “hollywoodiano” de estruturação, toda história precisa de um início, meio e fim, correto? Mas,
o que pode acontecer depois do fim? Como um autor/escritor pode dar um remate na história? É aqui que entra o
epílogo.
Nós já falamos sobre as
partes que constituem um livro, e o epílogo é uma delas. Essa, em específico, costuma ser a última — tirando aqueles livros que apresentam agradecimentos e referências técnicas.
O epílogo é comumente confundido com outras partes, como o
prólogo, prefácio e posfácio. Para não embarcar nessa leitura com dúvidas, veja abaixo o que cada uma significa:
- Prólogo: pode ser definido como o relato prévio de uma obra, assumindo diferentes características possíveis. Pode ser escrita pelo próprio autor ou por outro autor, ou especialista convidado;
- Prefácio: um resumo do conteúdo de um livro, exibindo exemplificações de capítulos e narrando o que está introduzido neles;
- Posfácio: o oposto de um prefácio, um breve artigo ou informação explicativa colocada no final de um livro. Assim, as informações não pertinentes apareçam no final da obra literária e não confundam o leitor.
Vamos conhecer mais especificamente o epílogo? Continue a leitura para conferir tudo!
Afinal, o que é epílogo?
Conforme o dicionário formal, o epílogo pode ser definido como:
“Capítulo, comentário ou cena, ger. breve, que, no final de uma narrativa, uma peça teatral etc., alude ao destino das personagens mais importantes da ação, depois de ocorrido o desenlace, ou revela fatos posteriores à ação, complementando-lhe o sentido.”
Resumidamente, o epílogo significa
conclusão. A origem do seu nome, inclusive, vem do grego
epílogos, que significa desfecho/conclusão. É o exato oposto do prólogo.
É a parte final de um discurso, no qual é feito
um resumo final das ideias expostas, ou também pode ser apresentado o desfecho da história. O epílogo de uma obra literária determina os últimos acontecimentos da história relatada.
O epílogo pode vir logo após o “felizes para sempre”. Nesse caso, o autor pode falar como a história se desenrolou pelos anos e décadas, de forma bem resumida.
Lembrando que o epílogo é escrito pelo próprio autor, e não por algum terceiro convidado. Para somar, é referenciado diretamente ao leitor, ou seja, você que está lendo.
Por ter uma função de encerramento de uma mensagem, a palavra epílogo também designou, por vezes em sentido figurado, um final, remate ou fecho de qualquer tipo (de processo legal, ação política, fim de uma vida, etc.).
Qual a origem do epílogo?
Assim como a origem do nome, o epílogo teve origem na
Grécia Antiga, mas era comumente utilizado nas peças teatrais daquela época. Constituía, basicamente, numa fala breve feita por um ator, após o encerramento da ação principal.
A sua criação foi necessária porque, após anunciar o fim, a plateia ficava angustiada sobre os próximos acontecimentos na vida dos personagens da peça. Era mais ou menos um “tá, mas o que acontece depois disso?”.
O epílogo também foi marcado
como um momento para dizer adeus. Dessa forma, os atores e autores conseguiam conversar um pouco com o público e se despedir formalmente.
Por seu uso contínuo, acabou sendo incorporado na construção de obras literárias. Não é obrigatório ter um epílogo em um livro — existem muitos que param no famoso “FIM” —, mas esse recurso, ao ser utilizado, pode ser utilizado para expandir o universo da história.
Como construir o seu epílogo?
Agora que você já sabe o que é epílogo, despertou a vontade de inserir na sua próxima criação literária? Abaixo, veja algumas dicas práticas para criar o seu. Confira:
Veja a necessidade do epílogo
Muitas vezes, a conclusão da sua história está tão bem amarrada que inserir um epílogo pode ser desnecessário, ou
até mesmo acabar com um determinado mistério. Em livros de ficção, o epílogo precisa ser bem avaliado.
Caso a sua produção seja científica ou baseada em fatos, o epílogo pode ser muito interessante, principalmente para “conversar” diretamente com o leitor.
Analise o que será contato
Como citado anteriormente, o epílogo dá conta do “após felizes para sempre”. Quando estamos narrando uma história que não será narrada, é imprescindível que ela seja muito bem relatada.
Afinal,
você está lidando com o futuro dos seus personagens. Caso você queira fazer uma continuação, tenha certeza que o epílogo esteja coeso com a narrativa.
Saia da caixinha do convencional
Se você está se propondo a fazer um epílogo, que tal ser criativo?
Saia um pouco do óbvio e expanda o mundo dos seus personagens.
Você já viu algum filme da Marvel e percebeu que após os créditos aparece uma cena sensacional, que pode gerar outros filmes ou continuações? Pense e escreva um epílogo que deixe um gostinho de mais.
Seja direto
Apesar desse final ser muito amarrado, seja bastante direto ao escrever o epílogo. O objetivo não é criar outro capítulo ou até mesmo um texto muito extenso.
Seja claro, direto e apresente a melhor experiência ao seu leitor.
O epílogo pode ser a melhor forma de encerrar um livro, mas tenha certeza que ele esteja coerente ao destino da narrativa, que será breve e que adicionará à experiência do leitor.
Gostou de conferir o que é um epílogo? Então aproveite a visita e
Baixe agora mesmo o e-book “Quero escrever um livro, e agora?