Juliano Loureiro • jun. 06, 2021

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Se formos pensar em um aspecto “hollywoodiano” de estruturação, toda história precisa de um início, meio e fim, correto? Mas, o que pode acontecer depois do fim? Como um autor/escritor pode dar um remate na história? É aqui que entra o epílogo.


Nós já falamos sobre as
partes que constituem um livro, e o epílogo é uma delas. Essa, em específico, costuma ser a última — tirando aqueles livros que apresentam agradecimentos e referências técnicas.


O epílogo é comumente confundido com outras partes, como o
prólogo, prefácio e posfácio. Para não embarcar nessa leitura com dúvidas, veja abaixo o que cada uma significa:


  • Prólogo: pode ser definido como o relato prévio de uma obra, assumindo diferentes características possíveis. Pode ser escrita pelo próprio autor ou por outro autor, ou especialista convidado;
  • Prefácio: um resumo do conteúdo de um livro, exibindo exemplificações de capítulos e narrando o que está introduzido neles;
  • Posfácio: o oposto de um prefácio, um breve artigo ou informação explicativa colocada no final de um livro. Assim, as informações não pertinentes apareçam no final da obra literária e não confundam o leitor.


Vamos conhecer mais especificamente o epílogo? Continue a leitura para conferir tudo!

Afinal, o que é epílogo?

Conforme o dicionário formal, o epílogo pode ser definido como: 


“Capítulo, comentário ou cena, ger. breve, que, no final de uma narrativa, uma peça teatral etc., alude ao destino das personagens mais importantes da ação, depois de ocorrido o desenlace, ou revela fatos posteriores à ação, complementando-lhe o sentido.”


Resumidamente, o epílogo significa conclusão. A origem do seu nome, inclusive, vem do grego epílogos, que significa desfecho/conclusão. É o exato oposto do prólogo.


É a parte final de um discurso, no qual é feito um resumo final das ideias expostas, ou também pode ser apresentado o desfecho da história. O epílogo de uma obra literária determina os últimos acontecimentos da história relatada.


O epílogo pode vir logo após o “felizes para sempre”. Nesse caso, o autor pode falar como a história se desenrolou pelos anos e décadas, de forma bem resumida. 


Lembrando que o epílogo é escrito pelo próprio autor, e não por algum terceiro convidado. Para somar, é referenciado diretamente ao leitor, ou seja, você que está lendo.


Por ter uma função de encerramento de uma mensagem, a palavra epílogo também designou, por vezes em sentido figurado, um final, remate ou fecho de qualquer tipo (de processo legal, ação política, fim de uma vida, etc.).

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Qual a origem do epílogo?

Assim como a origem do nome, o epílogo teve origem na Grécia Antiga, mas era comumente utilizado nas peças teatrais daquela época. Constituía, basicamente, numa fala breve feita por um ator, após o encerramento da ação principal.


A sua criação foi necessária porque, após anunciar o fim, a plateia ficava angustiada sobre os próximos acontecimentos na vida dos personagens da peça. Era mais ou menos um “tá, mas o que acontece depois disso?”.


O epílogo também foi marcado como um momento para dizer adeus. Dessa forma, os atores e autores conseguiam conversar um pouco com o público e se despedir formalmente.


Por seu uso contínuo, acabou sendo incorporado na construção de obras literárias. Não é obrigatório ter um epílogo em um livro — existem muitos que param no famoso “FIM” —, mas esse recurso, ao ser utilizado, pode ser utilizado para expandir o universo da história.

Como construir o seu epílogo?

Agora que você já sabe o que é epílogo, despertou a vontade de inserir na sua próxima criação literária? Abaixo, veja algumas dicas práticas para criar o seu. Confira:

Veja a necessidade do epílogo

Muitas vezes, a conclusão da sua história está tão bem amarrada que inserir um epílogo pode ser desnecessário, ou até mesmo acabar com um determinado mistério. Em livros de ficção, o epílogo precisa ser bem avaliado.


Caso a sua produção seja científica ou baseada em fatos, o epílogo pode ser muito interessante, principalmente para “conversar” diretamente com o leitor.

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Analise o que será contato

Como citado anteriormente, o epílogo dá conta do “após felizes para sempre”. Quando estamos narrando uma história que não será narrada, é imprescindível que ela seja muito bem relatada.


Afinal, você está lidando com o futuro dos seus personagens. Caso você queira fazer uma continuação, tenha certeza que o epílogo esteja coeso com a narrativa.

Saia da caixinha do convencional

Se você está se propondo a fazer um epílogo, que tal ser criativo? Saia um pouco do óbvio e expanda o mundo dos seus personagens. 


Você já viu algum filme da Marvel e percebeu que após os créditos aparece uma cena sensacional, que pode gerar outros filmes ou continuações? Pense e escreva um epílogo que deixe um gostinho de mais.

Seja direto

Apesar desse final ser muito amarrado, seja bastante direto ao escrever o epílogo. O objetivo não é criar outro capítulo ou até mesmo um texto muito extenso. Seja claro, direto e apresente a melhor experiência ao seu leitor.


O epílogo pode ser a melhor forma de encerrar um livro, mas tenha certeza que ele esteja coerente ao destino da narrativa, que será breve e que adicionará à experiência do leitor.


Gostou de conferir o que é um epílogo? Então aproveite a visita e Baixe agora mesmo o e-book “Quero escrever um livro, e agora?

Juliano Loureiro; escritor, profissional de marketing e produtor de conteúdos literários.


Criei o Bingo em 2019 para compartilhar conteúdos literários com outros escritores, que também têm dúvidas sobre como escrever e publicar um livro. 


Já escrevi mais de 900 artigos, além de diversos e-books gratuitos. Na minha jornada literária, publiquei 6 livros, sendo 3 da série pós-apocalíptica "Corpos Amarelos".


Também sou criador do Pod Ler e Escrever, podcast literário com mais de 200 episódios publicados. 


Para aprender mais sobre escrita criativa, confira meu canal no Youtube, vídeos diários para você. Link abaixo:

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