Uma letra b azul ao lado de um ponto de exclamação verde

Juliano Loureiro • 23 de dezembro de 2021

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Bons personagens são essenciais na construção de histórias de ficção. Um bom personagem conduz a história e conquista o leitor. É bastante comum criarmos empatia com o protagonista e até mesmo com o antagonista.


O que também ajuda na criação de um personagem atraente é a construção de bons diálogos. O diálogo é fundamental para sabermos da personalidade, trejeitos, preferências e demais características comportamentais.


Como você já pode imaginar, não existe uma regra específica e certeira para criar um bom personagem, mas sim dicas e boas práticas. No texto de hoje, falarei um pouco sobre o que considero ideal na criação de um bom personagem. Me acompanhe nas próximas linhas e boa leitura!

Crie uma ficha de personagem

O primeiro passo é criar uma ficha de personagem. Como explicado no artigo: Aprenda a criar a ficha de personagem do seu livro, a ficha é importante para o escritor conhecer melhor o personagem criado. E, quão melhor se conhece, melhor e mais atraente este personagem será.


É preciso pensar nas três camadas de criação da ficha: camada de periférica, entorno e central. Começando pela periférica, deve ser definido os aspectos físicos (nome, altura, idade); dados básicos como nacionalidade e profissão; e traços de comunicação.


A camada de entorno é focada em entender o passado do personagem e nas relações com família, amigos e pessoas íntimas. Por fim, a camada central - que também é a mais difícil de criar -, é destinada aos aspectos psicológicos.

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Defina qual o objetivo do personagem na trama

Um personagem sem objetivo e sem um rumo bem definido, dificilmente cairá nas graças do leitor. A atração (e o encanto), está diretamente relacionada com a clareza do porquê determinado personagem está inserido na trama.


O que ele quer?; para onde pretende ir?; com quem está se relacionando?; qual o impacto e importância para a história?, essas perguntas devem ser respondidas ao longo da narrativa. E caso tudo esteja coerente, é bem provável que o leitor gostará do personagem.

Como o personagem quer ser visto?

Um personagem atraente não deve ser neutro, sem graça. É preciso ter algo a mais que os outros. É preciso se destacar. E há várias personalidades e comportamentos possíveis para que isso seja possível. Como estamos falando de uma representação ficcional de uma pessoa, é de se esperar uma pluralidade na sua criação.


Abaixo, cito dois exemplos de como pode ser um personagem atraente.

Herói, amado, conquistador

O mocinho da história. Aquele que tomará decisões previsíveis e que agradará à maioria dos leitores. Pouco polêmico, conciliador, herói, geralmente com conflitos amorosos e com a vontade de "salvar o mundo". Personagens assim são bastante comuns e relativamente fáceis de serem criados.


Como exemplo no mundo dos livros, temos Rick Deckard, de Blade Runner, e Lloyd Simcoe, em Flashforward.

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Polêmico, persuasivo, pouco sentimental

Geralmente é um personagem que a todo momento provoca o leitor, ao tomar decisões inesperadas e ir sempre contra a "lógica dos fatos". Quer se fazer de durão, mas, no fundo, tem certos sentimentos por alguém. Nunca está conformado com nada e induz o leitor a odiá-lo.


Como exemplo, podemos citar Jack Torrance, de O Iluminado.

Considerações finais

O mais importante para a construção de um personagem atraente é entender a fundo quem ele é e qual a sua importância na história. Os caminhos a seguir são vários e o escritor deve se questionar sempre como e qual será o impacto dessa personagem.


Agora, quero saber de você. O que achou do artigo de hoje? Comente aqui abaixo e até o próximo texto.

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Um homem com tatuagens senta-se à mesa com lucas remando livros

Juliano Loureiro; escritor, profissional de marketing e produtor de conteúdos literários.


Criei o Bingo em 2019 para compartilhar conteúdos literários com outros escritores, que também têm dúvidas sobre como escrever e publicar um livro. 


Já escrevi mais de 950 artigos, além de diversos e-books gratuitos. Na minha jornada literária, publiquei 6 livros, sendo 3 da série pós-apocalíptica "Corpos Amarelos".


Também sou criador do Pod Ler e Escrever, podcast literário com mais de 250 episódios publicados. 


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