Juliano Loureiro • abr. 26, 2021

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Você já ouviu falar em escritor ghostwriter? Acredite, nem todos os textos que estão publicados no nome de um escritor pertencem, necessariamente, a essa autoria. Antes que você faça qualquer juízo, saiba que essa ação não envolve má fé ou até mesmo ilegalidades.


Muito pelo contrário,
ghostwriters (ou escritores fantasmas) estão cada vez mais ganhando espaço, principalmente quando levamos em conta a produção de conteúdo online. Com um mundo cada vez mais dinâmico, a necessidade de apresentar ou até mesmo acompanhar dados também se modifica.


Uma empresa, por exemplo, pode contratar esses escritores fantasmas para dissertar um artigo que será publicado em seu blog, redes sociais ou na mídia em geral.
Não existem complicações ou irregularidades, mas tudo precisa estar bem acertado entre as partes.


Quer entender um pouco mais sobre o que é
ghostwriter, como trabalhar, vantagens e desvantagens? Então você está no lugar correto! Continue a leitura e descubra tudo sobre o tema!

O que é ghostwriter?

O ghostwriter pode ser entendido como um escritor que não leva autoria por textos publicados. Esses profissionais realizam toda a parte de produção do conteúdo, mas não estão com seus nomes estampados nos créditos.


Os escritores fantasmas podem escrever
livros, blogposts, materiais ricos para marketing, textos de assessoria de imprensa e muito mais. Desde o início, o ghostwriter sabe que não terá seu nome atrelado ao material. Mas como esse acordo é fechado?


Bom, tudo depende da forma de contratação. É muito comum, por exemplo, ter
ghostwriters dentro de empresas, que escrevem em nome de seus chefes ou até mesmo da corporação jurídica. Nesse caso, existe uma ligação formal, por meio de um contrato de trabalho.


Muitos outros
trabalham de forma autônoma, os famosos freelancers. Por não ter nenhum vínculo legal com uma instituição jurídica ou física, os acordos podem ser realizados por meio de contratos simples.


De todas as formas,
os ghostwriters precisam ter o seu direito autoral respeitado. Assim, é de extrema importância que os profissionais tenham consciência da sua desvinculação nominal com a obra realizada.

Diferença de pseudônimo

Muitos confundem ghostwriter com pseudônimo. Enquanto o primeiro não aparece nos créditos, o segundo termo significa um escritor/autor que deseja se apresentar de uma outra forma para o público.


As razões podem ser inúmeras, como: não gostar do nome original, já ser um escritor consagrado e não querer certa obra ligada ao nome, por motivos de preconceito, e muitos outros.


Um dos exemplos mais conhecidos mundialmente de pseudônimo é a
autora J. K. Rowling, conhecida mundialmente pela saga Harry Potter. Nos anos 90, a Inglaterra ainda tinha enormes resquícios do machismo, por isso era muito incomum ter autores mulheres best-seller.


Por isso, Joanne "Jo" Rowling, seu nome original, imprimiu J. K. nas suas capas, assim os leitores não descobririam de primeira se era um autor ou uma autora - e nós sabemos bem qual foi o resultado.

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Quais as vantagens de ser um escritor fantasma?

A profissão de ghostwriter está ganhando cada vez mais destaque e novos adeptos. Como citado anteriormente, isso se deve pela necessidade cada vez maior de ter novos conteúdos na internet. Poucos “braços” impediriam o fluxo necessário periodicamente.


Dessa forma, descubra algumas vantagens da profissão de escritor fantasma.

1. Você consegue praticar a sua escrita

Isso mesmo! Sendo um ghostwriter você consegue praticar a sua escrita, pois a demanda de textos podem ser cada vez maiores. É uma boa pedida para quem deseja passar um tempo a mais escrevendo, principalmente aqueles que produzem conteúdo.

2. Você consegue tirar uma renda extra

Lembra que falei dos freelancers e de como eles podem se beneficiar ao escrever de forma anônima? Pois bem, isso pode render um bom dinheiro extra mensalmente, caso você já tenha um trabalho fixo.


Assim que a demanda for aumentando ou até mesmo você consiga novos clientes, essa pode virar sua nova profissão. Para muitos escritores,
o trabalho de ghostwriting pode ser financeiramente recompensador, especialmente se eles conseguirem contratos com autores de alto perfil ou projetos de grande escala.

3. Você escreve como um “outsider”

O problema de nós escrevermos para algo que nos afeta diretamente é que sempre deixamos o texto enviesado. Um escritor fantasma pode tirar essa preocupação, pois o profissional não precisa estar diretamente atrelado ao conteúdo.

4. Anonimato

Como o nome sugere, ghostwriters trabalham nos bastidores. Isso pode ser benéfico para aqueles que preferem permanecer anônimos ou para aqueles que desejam escrever sobre temas sensíveis sem atrair atenção pessoal. Para escritores que não desejam lidar com as complexidades da fama ou da promoção pessoal, ser um ghostwriter permite que eles se concentrem apenas na paixão pela escrita. Entretanto, essa também pode ser uma desvantagem...

5. Desenvolvimento de habilidades de pesquisa

Muitos projetos de ghostwriting exigem pesquisa intensiva, permitindo ao escritor aprender sobre novos tópicos e indústrias, o que pode ser intelectualmente estimulante e aumentar seu conhecimento geral.

E tem desvantagens de ser um ghostwriter?

Apesar de todas as vantagens citadas acima, existem também algumas desvantagens que podem ser consideradas no momento de topar ser um escritor fantasma. Veja:

1. Se um texto fizer sucesso, você não será creditado

Os textos de um ghostwriter podem viralizar, receber monetização, visualização e gerar bastante resultado para quem está assinando, mas não necessariamente para o produtor do conteúdo.


Em alguns casos, existem contratos que liberam parcialmente o dinheiro adquirido com o ghostwriter, em outros, um valor fixo é pago previamente, sem a necessidade de um ajusto futuro.

2. O valor pago pode ser bem abaixo do esperado

Essa vai para quem deseja se tornar um ghostwriter. É muito importante que você esteja atento não apenas aos acordos pré-estabelecidos de direitos autorais, mas também do valor pago pelo trabalho.


Escrever um bom texto exige pesquisa, tempo e dedicação, dessa forma, não pode ser extremamente barato.

3. As refações podem ser maiores

Essa última desvantagem é direcionada para quem contrata um escritor fantasma. As refações de um determinado conteúdo pode ser bem maior, pois muitas vezes não conseguem expressar em palavras o que você (que assinará o conteúdo) idealiza. O que pode acarretar atrasos e também despesas extras.


Os clientes podem ser exigentes, e os ghostwriters muitas vezes têm que fazer revisões significativas ou lidar com prazos apertados.

4. Desapego emocional

É necessário um certo desapego emocional ao escrever como ghostwriter, pois, ao final do projeto, o trabalho não será associado ao seu nome.

Como se tornar um ghostwriter?

É importante notar que a carreira de ghostwriting também pode apresentar desafios, como a necessidade de capturar a voz de outra pessoa, a ausência de reconhecimento público pelo trabalho e as questões éticas que às vezes surgem na atribuição de créditos. No entanto, para muitos escritores, as vantagens superam esses desafios.


Tornar-se um ghostwriter é um processo que geralmente envolve o desenvolvimento de habilidades de escrita, a construção de um portfólio e a navegação no mercado de ghostwriting. Aqui estão alguns passos que você pode seguir para se tornar um ghostwriter:


  1. Aprimore suas habilidades de escrita: Como em qualquer campo da escrita, é essencial ter uma base sólida em gramática, pontuação e estilo. Pratique escrevendo em diferentes vozes e estilos para se adaptar às necessidades dos clientes.
  2. Leia e Pesquise: Leia uma grande variedade de gêneros e autores para entender diferentes estilos de escrita. Também é útil estudar livros e artigos sobre ghostwriting para entender melhor o campo.
  3. Obtenha Experiência: Comece escrevendo em blogs, contribuindo com artigos para revistas ou jornais locais, ou participando de projetos de escrita colaborativa. Isto irá ajudá-lo a construir um portfólio e ganhar experiência prática.
  4. Crie um Portfólio: Monte um portfólio de escrita que mostre sua versatilidade e habilidade em adotar diferentes vozes. Pode incluir amostras de blog, artigos, histórias curtas ou qualquer outro material escrito que você tenha criado.
  5. Networking: Conecte-se com outros escritores, editores e profissionais da indústria. Participar de eventos de escrita, workshops e conferências pode ser uma ótima maneira de conhecer potenciais clientes.
  6. Aprenda a Negociar Contratos: Entenda os aspectos legais e comerciais do ghostwriting, incluindo direitos autorais, confidencialidade e estrutura de pagamento. Pode ser útil consultar um advogado especializado em direitos autorais ou um agente literário.
  7. Marketing Pessoal: Desenvolva uma presença online profissional, incluindo um site e perfis em redes sociais profissionais como o LinkedIn. Considere blogar sobre tópicos de escrita ou ghostwriting para atrair clientes.
  8. Adquira Clientes: Comece a procurar oportunidades de ghostwriting. Isso pode ser feito por plataformas de freelancing, contatando editoras ou autores independentes, ou oferecendo seus serviços a profissionais que podem precisar de um ghostwriter, como palestrantes, especialistas ou celebridades.
  9. Estabeleça uma Reputação: À medida que você completa projetos, peça recomendações e depoimentos que você possa usar para atrair novos clientes. A qualidade do seu trabalho e a satisfação do cliente serão fundamentais para construir sua reputação.
  10. Adaptação e Aprendizado Contínuo: Esteja aberto a feedback e continue aprendendo para melhorar suas habilidades. Cada projeto é uma oportunidade de crescer como escritor.
  11. Seja Profissional: Mantenha altos padrões de profissionalismo em todas as suas interações e entregas de projeto. Isso inclui cumprir prazos, comunicar-se claramente e manter a confidencialidade.


Lembre-se de que o ghostwriting é uma carreira que requer paciência e perseverança. O sucesso muitas vezes vem com o tempo, à medida que você constrói relacionamentos e se estabelece como um escritor confiável e talentoso no campo.


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Juliano Loureiro; escritor, profissional de marketing e produtor de conteúdos literários.


Criei o Bingo em 2019 para compartilhar conteúdos literários com outros escritores, que também têm dúvidas sobre como escrever e publicar um livro. 


Já escrevi mais de 900 artigos, além de diversos e-books gratuitos. Na minha jornada literária, publiquei 6 livros, sendo 3 da série pós-apocalíptica "Corpos Amarelos".


Também sou criador do Pod Ler e Escrever, podcast literário com mais de 200 episódios publicados. 


Para aprender mais sobre escrita criativa, confira meu canal no Youtube, vídeos diários para você. Link abaixo:

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