Juliano Loureiro • out. 14, 2021

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As artes cênicas e a literatura são consideradas, respectivamente, a segunda e sexta artes mais importantes para a humanidade. O mais legal é que ambas podem se complementar, sendo provável que muitas peças teatrais sejam oriundas das obras literárias. Neste artigo, confira 7 livros que viraram peças de teatro.


Para serem representadas no palco, os livros podem passar por algumas adaptações, seja no enredo ou no número de personagens representados. No entanto,
a mensagem final dos livros é mantida intacta nas representações — o que também demonstra respeito aos autores.


Quer saber quais são alguns dos principais livros já publicados que viraram peças de teatros? Confira uma lista abaixo com 7, que vão de obras nacionais e internacionais.


Vamos lá?

Afinal, quais livros viraram peça de teatro?

Veja a lista abaixo:

1 - Ulysses (James Joyce)

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Um homem sai de casa pela manhã, cumpre com as tarefas do dia e, pela noite, retorna ao lar. Foi em torno desse esqueleto enganosamente simples, quase banal, que James Joyce elaborou o que veio a ser o grande romance do século XX


Inspirado na Odisseia de Homero, Ulysses é ambientado em Dublin, e narra as aventuras de Leopold Bloom e seu amigo Stephen Dedalus ao longo do dia 16 de junho de 1904. Tal como o Ulisses homérico, Bloom precisa superar numerosos obstáculos e tentações até retornar ao apartamento na rua Eccles, onde sua mulher, Molly, o espera.


No Brasil, o livro inspirou a peça “57 minutos - O tempo que dura esta peça”.

2. Os 120 dias de Sodoma (Marquês de Sade)

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Neste romance perturbador, pensado por Sade como sua grande obra, quatro amigos se isolam em um castelo na Floresta Negra para ouvir de quatro alcoviteiras histórias de sua vida nos bordéis e as taras de seus clientes. 


Para encenarem esta experiência sadomasoquista da qual ninguém sairá imune, os libertinos contam com as esposas, filhas e um séquito de jovens, todos obrigados a se submeter às paixões ali descritas.



Escrito em 1785 durante uma temporada de prisão na Bastilha, este escandaloso relato permaneceria clandestino até 1904, ano de sua primeira publicação. 


Nem a perseguição de seu autor, nem sua censura sistemática foram suficientes para conter a avassaladora influência que tal catálogo de perversões teve sobre incontáveis leitores ao longo dos dois séculos seguintes, entre eles Roland Barthes, Simone de Beauvoir, Theodor Adorno e Samuel Beckett.

3. Amar, Verbo Intransitivo (Mário de Andrade)

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Classificado pelo autor como 'idílio', é, de fato, um romance experimental, modernista e moderno, cinematográfico. 


O autor consegue captar a alma da mulher, expressa-se magistralmente no feminino quando cria Fraülein, a governanta alemã, professora de mar.


E esta heroína se recorta com grande autonomia,
ingressando no rol das melhores personagens femininas da Literatura Brasileira, acima da moralidade. Leitor fino da alma da mulher, Mário soube denunciar sua marginalidade num mundo marcado pelo poder masculino.

4. Água Viva (Clarice Lispector)

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Água viva, longo texto ficcional em forma de monólogo, foi lançado pela primeira vez em 1973, poucos anos antes da morte de Clarice Lispector que, nessa época, já se consagraram como um dos valores mais sólidos da nossa literatura, por seu estilo único, em que a grande preocupação era a busca permanente pela linguagem. 


Água viva é um desafio emocionante para quem lê ou conhece Clarice Lispector. Traz uma linguagem que não se perde no tempo; ao contrário, é ricamente metafórica, em que coisas, ações e emoções do dia-a-dia se transformam em grandes digressões indagadoras sobre o sentido da existência e da vida.


A obra ganhou uma adaptação para os teatros intitulada “Instante-Já”.

5. As mil e uma noites (Antoine Galland)

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Decidido a matar todas as mulheres solteiras do reino, após ter descoberto a traição da sua mulher, o sultão Shariar casa-se a cada noite com uma jovem diferente que será morta ao amanhecer. 


Mas a filha do grão-vizir, a impetuosa Sherazade, decide enfrentar o desafio e interromper esse ciclo vingativo, oferecendo-se para a noite seguinte. Noite que se multiplica, assim como as histórias de Sherazade, adiando sua morte indefinidamente. 


Até que passadas mil e uma noites, o sultão, apaixonado pela envolvente narradora, suspende a ordem cruel.
O livro alcançou êxito extraordinário, sendo a partir daí traduzido para vários idiomas.

6. O Nome Das Coisas (Alexandria Rodrigues)

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O livro tenta dizer poeticamente aquilo que a escola costuma expressar formalmente. Passeia por questões como a vida afetiva, intelectual e social das palavras, suas relações com o mundo que elas tentam representar e ajudam a recriar, sua ancestralidade, identidade e contradições, seus usos e funções, seus significados e sentidos subjetivos, sua complexidade e incompletude.


Para os teatros, ganhou uma peça em formato de monólogo protagonizada pela atriz Suia Legaspe.

7. A Casa dos Budas Ditosos (João Ubaldo Ribeiro)

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A casa dos budas ditosos, lançado originalmente em 1999, foi o quarto volume de uma série chamada Plenos Pecados, em que cada título era dedicado a um pecado capital. 


Poderoso e original, o romance de Ubaldo sobre a luxúria conquistou um número imenso de leitores e, de quebra, cutucou os moralistas de plantão. 


Em 2004, seguindo o que se tornou uma tradição de seus romances, A casa dos budas ditosos foi adaptado para o teatro por Domingos Oliveira, num monólogo estrelado por Fernanda Torres, que assina a apresentação desta edição. 


O espetáculo permaneceu por mais de uma década em cartaz, levando as memórias de orgias, voyeurismo e sadismo dessa impagável libertina para mais de 700 mil pessoas em todo o Brasil. 


A casa dos budas ditosos é um clássico da literatura erótica. Como afirma o próprio autor, "esse depoimento não é um romance, mas é olhar pelo buraco da fechadura".


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Juliano Loureiro; escritor, profissional de marketing e produtor de conteúdos literários.


Criei o Bingo em 2019 para compartilhar conteúdos literários com outros escritores, que também têm dúvidas sobre como escrever e publicar um livro. 


Já escrevi mais de 900 artigos, além de diversos e-books gratuitos. Na minha jornada literária, publiquei 6 livros, sendo 3 da série pós-apocalíptica "Corpos Amarelos".


Também sou criador do Pod Ler e Escrever, podcast literário com mais de 200 episódios publicados. 


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