Juliano Loureiro • mar. 23, 2023

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No universo da escrita, o talento e a criatividade são essenciais para dar vida às histórias fascinantes e cativantes. No entanto, muitos aspirantes a escritores se perguntam se a formação acadêmica pode contribuir para o seu desenvolvimento e proporcionar uma base sólida para a sua carreira literária. 


Afinal,
quais cursos de graduação podem oferecer uma formação abrangente e valiosa para os escritores?


Desde disciplinas mais tradicionais, como
Letras e Jornalismo, até cursos menos convencionais, como Psicologia e História, veremos como diferentes áreas de estudo podem enriquecer a bagagem intelectual de um escritor.


A busca por uma graduação que atenda às necessidades específicas de um escritor pode ser desafiadora, mas gratificante. 


Afinal, além de adquirir uma base sólida de conhecimentos, a formação universitária oferece oportunidades de networking, acesso a recursos e mentoria, bem como uma maior compreensão dos contextos históricos, sociais e culturais que moldam a literatura.


Então, chega de conversa e embarcaremos nessa jornada de descoberta e compreender quais cursos de graduação podem ser a chave do sucesso na arte da escrita.

Graduação em Letras

Começaremos com o curso que talvez seja “o mais óbvio”. O aluno de Letras terá uma grade acadêmica com disciplinas relacionadas à gramática, linguística, produção textual, literatura, gêneros literários, ou seja, uma base extremamente sólida para qualquer escritor.


Ainda há quem acredite que o curso de Letras forme apenas professores, mas o curso oferece também a modalidade de bacharelado, para além da licenciatura. E com isso, a área de atuação do graduado é bem ampla.


Hoje, quem se forma em Letras pode atuar além das salas de aula, como, por exemplo: na
área editorial - incluindo na preparação de livros -, como crítico literário, assessoria e consultoria


É inegável que, se houvesse um único curso para indicar para os escritores, Letras seria a opção.

Jornalismo

Outro curso de graduação com contato tão direto com a escrita é o Jornalismo. E não por menos, quantos escritores e escritoras atuam ou atuaram nas redações dos jornais? 


De cabeça, consigo lembrar de Edgar Allan Poe, Luis Fernando Veríssimo, Clarice Lispector, José Eduardo Agualusa (esse ainda se aventurou em Agronomia e Silvicultura), Eduardo Galeano, enfim, com certeza, essa lista é bem mais extensa.


O Jornalismo, para um aspirante a escritor, é uma opção que junta o útil ao agradável. Durante o bacharelado, o aluno aprende diversas técnicas e formatos de escrita. Além disso, um bom jornalista tem que ser versátil e desenvolver a habilidade de escrever sobre quaisquer temas.


Outro aspecto que é bem relevante para jornalistas e escritores é a capacidade analítica. Vamos pensar numa notícia: ao receber uma informação, cabe ao jornalista coletar os dados, fazer uma análise, confrontar informações e fontes, construir seu texto, adaptá-lo para diversos formatos e publicar.


Todo esse processo ajuda e muito o escritor desenvolver uma análise crítica do próprio texto.

cta-quero-escrever
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Filosofia

De uma graduação com bastante prática em escrita para um curso com uma carga de leitura altíssima, seja na licenciatura ou bacharelado.


A
Filosofia é de grande valia para os escritores na hora de criar os seus personagens. Imagine você, durante uns 4 anos, estudando grandes pensadores e suas teorias, o tanto de bagagem que você não terá para criar os conflitos dos protagonistas.


Tudo isso sem falar no embasamento social e filosófico para as suas reflexões e discussões.

Psicologia

E já que falamos da construção de personagens, vamos então falar da graduação mais indicada para compreender a mente e o comportamento humano: a Psicologia.


Se você quer dar o que chamamos de
profundidade aos seus personagens, com conflitos e coerências, você tem que saber o que se passa no íntimo de cada uma das pessoas da sua história. Tudo isso para você construir uma narrativa coerente, com os personagens reagindo às situações de maneira verossímil.


Alguns exemplos de complexidade de personagens que só fazem sentido com o mínimo que seja da Psicologia são os personagens de
Stephen King, como em O Iluminado, e Norman Bates, protagonista de Psicose, de Robert Bloch.

História

Mais uma graduação com uma carga alta de leitura, daquelas que todo mundo pergunta “você só lê?”. O curso de História, com certeza, é um dos que mais dá bagagem cultural a um escritor.


O motivo é um tanto quanto óbvio, afinal você irá passar em torno de quatro anos estudando acontecimentos marcantes da sociedade, você terá contato com culturas que até nem existem mais. Imagina o quanto de insumo você, escritor ou escritora, não terá para criar ambientações, contextos e, o melhor, sem deturpar a realidade. Ou se assim desejar, saber como fazer. Além, claro, de evitar pagar alguns micos com erros “bobos”.


A graduação em História também é uma excelente opção para quem gosta de estudar personalidades históricas e escrever biografias, por exemplo.

Cinema

Essa é uma graduação que poderia ter livrado muitos autores de dores de cabeça. Porque imagina você ver uma obra sua ser adaptada para o cinema e, simplesmente, distorcerem a sua história. Stephen King que nos diga…. 


Brincadeiras à parte, talvez quando a gente fale em Cinema enquanto graduação, muita gente pense nos efeitos visuais, filmagens e direção. Mas para que tudo isso aconteça, tem que ter um
roteiro, e antes ainda, uma história. E alguém precisa escrever tudo isso.


Tudo bem que quando pensamos no exemplo de adaptações, não é preciso escrever uma história. Mas é preciso adaptá-la, roterizá-la. E aí, a mente criativa de alguém que seja apaixonado pela escrita é a melhor ferramenta, sem sombras de dúvida.


O roteiro traz o desafio ao escritor de ir além das linhas escritas, porque ele precisa ser um guia para o que será filmado e como.

Afinal, qual a graduação ideal para escritores?

Como você pode ver, não há “a graduação correta”. Você nunca terá um diploma com certificado de conclusão de curso “Graduação em Escritor”. Como eu disse acima, o melhor a se fazer é juntar o útil ao agradável. Lembre-se que há grandes autores, renomados mundialmente, com graduação em áreas de exatas, por exemplo.


Você pode ser um engenheiro ambiental de formação e ter como hobby a escrita, e de tanto praticar, lançar livros. Pode ser um livro sobre meio ambiente? Pode, claro. Você tem a sua formação acadêmica que te deu conhecimento para tal. Mas pode ser um livro “literário”? Óbvio! A escrita pode ser um tom, um talento adquirido, e se a sua vontade for grande, por que não?


É claro que os cursos citados no artigo vão te munir de repertório, artimanhas na escrita e embasamento que, para o ato de escrever um livro, sejam imprescindíveis para uma história “relevante”, coesa. 


Mas
tem gente que tem tudo isso e não consegue transformar em um livro, não consegue transformar seu conhecimento em uma leitura acessível, prazerosa, não consegue comunicar o seu conhecimento.


Por isso, escolha um curso que tenha a
maior afinidade com seus objetivos pessoais, às vezes você quer ser um escritor mais “recatado”, só para curtir mesmo seus momentos de folga, mas também tem outra vontade profissional. Dá para conciliar uma medicina com a literatura, sem problemas.

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Juliano Loureiro; escritor, profissional de marketing e produtor de conteúdos literários.


Criei o Bingo em 2019 para compartilhar conteúdos literários com outros escritores, que também têm dúvidas sobre como escrever e publicar um livro. 


Já escrevi mais de 900 artigos, além de diversos e-books gratuitos. Na minha jornada literária, publiquei 6 livros, sendo 3 da série pós-apocalíptica "Corpos Amarelos".


Também sou criador do Pod Ler e Escrever, podcast literário com mais de 200 episódios publicados. 


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